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quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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Barômetro do Poder

7 em cada 10 consideram resultado das eleições de 2024 negativo para Lula 

Barômetro do Poder, realizado pelo InfoMoney, consultou especialistas em análise de risco político e analistas independentes acerca do tema. Eles também analisaram o futuro da direita no Brasil, bem como as sucessões no Congresso

Postado em 20 de novembro de 2024 por Felipe Cardoso
Lula Foto Valter Campanato ABr
Lula Foto Valter Campanato ABr

Por Felipe Cardoso e Wilson Silvestre

Conforme mostrado pela reportagem do O HOJE na última segunda e terça-feira, 18 e 19, no meio político e econômico, o Barômetro do Poder, estudo realizado pela InfoMoney, representa um dos principais e mais confiáveis instrumentos capazes de aferir o cenário do País no momento pesquisado. Por meio dele, representantes das mais respeitadas casas de análise de risco político e analistas independentes expressam suas opiniões acerca do andamento de importantes pautas sociais, políticas e econômicas. 

Em sua última edição, pesquisada entre os dias 4 e 8 de novembro deste ano, o estudo reuniu 17 respondentes. A eles foram aplicados questionários online por meio de plataforma digital. Os estudos foram divididos em três eixos: Governabilidade, Reformas e Conjuntura. As peculiaridades de cada um desses eixos foram tratadas de maneira separada, conforme mostrado nas duas últimas edições do O HOJE e também nesta publicação, que é a última das três sobre o tema. 

Dentro de cada um desses eixos constam questionamentos sobre assuntos de interesse público e fiscal. A reportagem selecionou os principais temas de cada categoria para mostrar o que pensam os principais analistas do Brasil sobre cada um dos pontos. Dessa vez, o foco está na Conjuntura.

Para o cientista político e escritor brasileiro Antonio Lavareda, o estudo oferece um cenário relevante do ponto de vista das projeções para os próximos meses. “São diversas pautas de interesse público e, ao mesmo tempo, sobre o comportamento dos poderes, uns em relação aos outros, bem como suas respectivas agendas”. “Esse talvez seja o instrumento mais valioso que as corporações, entidades e partidos dispõem para avaliar a perspectiva de desenvolvimento do processo político a partir da opinião de quem realmente entende das matérias”, considerou o estudioso. 

Eleições 2024

O primeiro ponto pesquisado pelo Barômetro diz respeito ao resultado das Eleições de 2024. Aos especialistas foi questionado qual seria o saldo de cada um dos atores políticos apontados a partir do resultado das urnas. Os nomes testados foram: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Gilberto Kassab (PSD), Governo Lula, Oposição (nível federal). 

Segundo os respondentes, o maior prejudicado foi o presidente Lula. 69% das respostas considerou o resultado das urnas Negativo para o petista. Outros 31% escolheram a opção Moderado. Ninguém votou em Muito Negativo, Positivo ou Muito Positivo. 

Leia mais: Especialistas divergem sobre possibilidade do Governo Lula cumprir meta fiscal

Quanto a Jair Bolsonaro, 44% considerou que o salto, para ele, foi Negativo. Outros 38% considerou Moderado e a menor fatia (19%) julgou positivo. Ninguém respondeu Muito Negativo ou Muito Positivo. 

Para Tarcísio foram computadas respostas em apenas duas alternativas: Positivo (56%) e Muito positivo (44%). Ninguém considerou Muito Negativo, Negativo ou Moderado. 

O mesmo cenário aparece quando o nome de Gilberto Kassab é testado. Com uma prevalência, porém, das respostas Muito positivo, que somaram 75%. O número é seguido por Positivo, com 25%. Ninguém escolheu Muito negativo, Negativo ou Moderado. 

Para o Governo Lula, 6% considerou o resultado Muito negativo. 50% respondeu Negativo. 44% votou na opção Muito positivo. Ninguém escolheu as opções Moderado ou Positivo. 

Para a Oposição a nível federal, os resultados foram os seguintes: Positivo (50%), Moderado (38%), Negativo (13%), Muito negativo (0%) e Muito positivo (0%). 

Futuro da direita

Os pesquisadores também computaram o que pensam os especialistas acerca o futuro da direita no Brasil. Aos entrevistados foi questionado quem ocupará o espaço de Jair Bolsonaro caso a inelegibilidade do ex-presidente seja mantida. A maior fatia dos entrevistados (53%) respondeu que o vácuo será ocupado pelo governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Na sequência aparecem aqueles que disseram que mesmo inelegível, Bolsonaro continuará como principal liderança deste campo. Foram 41% das respostas. 6%, porém, acreditam que esse espaço será ocupado pelo governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). 

Ninguém escolheu as opções: Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Júnior (PSD), Rogério Marinho (PL-RN), Romeu Zema (Novo), Sérgio Moro (União Brasil) ou Hamilton Mourão (Republicanos).

Congresso Nacional 

Sobre a sucessão no Congresso Nacional, apenas uma resposta foi registrada tanto para o cenário na Câmara dos Deputados quanto para o Senado Federal. Quanto a Casa baixa, na opinião unânime dos entrevistados o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) é o favorito para ocupar a cadeira do presidente Arthur Lira (PP-AL). Ninguém escolheu as opções Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Antonio Brito (PSD-BA) ou Outro. 

A mesma cena se repete em relação ao Senado. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-PB) recebeu todos os votos como favorito para suceder o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ninguém escolheu as opções Eduardo Braga (MDB-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Rogério Marinho (PL-RN) ou Outro.

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