A Polícia Federal (PF), em colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou, na terça-feira (19), a Operação Boi Pirata, com o objetivo de combater a criação ilegal de gado na Terra Indígena Apyterewa e sua venda a frigoríficos por meio de fraudes na documentação.

Durante a operação, as autoridades cumpriram sete mandados de busca e apreensão nas cidades de São Félix do Xingu, Tucumã, Redenção e Parauapebas, no Pará. Elas também realizaram buscas em duas fazendas usadas na prática dos crimes e nas casas dos investigados.

A investigação, baseada no Relatório Boi Pirata, revelou o tráfico ilegal de bovinos da Terra Indígena Apyterewa para fornecedores diretos de frigoríficos, sugerindo que os envolvidos praticavam triangulação, com inserção de informações falsas em Guias de Trânsito de Animais (GTAs). Os investigadores acreditam que as GTAs registraram a saída dos animais da Apyterewa para fornecedores e intermediários para engorda, antes de serem enviados aos frigoríficos para abate, com o objetivo de ocultar a origem ilegal dos animais.

A PF explicou que a movimentação real dos bovinos não corresponde ao que está registrado nas guias. “Eles não transitam de fato pelas fazendas intermediárias, ou mesmo que ainda que transitem, não são efetivamente engordados nas fazendas intermediárias”.