O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (21) que seu país pode atacar instalações militares de nações que apoiam a Ucrânia. A ameaça foi feita após uma série de ataques com mísseis de longo alcance, autorizados pelos aliados da Ucrânia, contra o território russo.

Em um discurso transmitido na televisão, Putin afirmou que as recentes ações de seus aliados introduziram características de um “conflito global” na guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura dois anos e vem se intensificando. A decisão de países como Estados Unidos e Reino Unido de permitir o uso de mísseis contra a Rússia foi citada por Putin, que também mencionou que a França indicou a possibilidade de adotar medidas semelhantes, com rumores não confirmados de que armamentos franceses já podem ter sido empregados.

Putin reforçou que a Rússia considera ter o direito de usar suas armas contra alvos militares de países que permitirem ataques ao território russo. “Em caso de escalada das ações agressivas, responderemos de forma decisiva e com a mesma intensidade”, disse o líder russo.

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Além da ameaça, Putin confirmou o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) contra a Ucrânia. O míssil Oreshnik, com capacidade de atingir alvos a quase 10 mil quilômetros de distância, atingiu a cidade de Dnipro. O presidente também anunciou o desenvolvimento de mísseis de médio e curto alcance em resposta aos planos dos Estados Unidos de instalar esses armamentos na Europa e Ásia-Pacífico.