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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Situação traumática

Goianas que tiveram malas trocadas na Europa estão impedidas de viajar novamente

Jeanne e Kátyna ficaram presas 38 dias na Alemanha por suspeita de tráfico de drogas após terem malas trocadas

Postado em 22 de novembro de 2024 por João Reynol
Malas trocadas goianas
Jeanne e Kátyna ficaram presas 38 dias na Alemanha por suspeita de tráfico de drogas após terem malas trocadas | Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (20), as mulheres goianas Jeanne Paolini e Kátyna Baía estão novamente restringidas de viajar para o exterior após planejar uma viagem para Nova Iorque há seis meses com malas prontas e passagens compradas. De acordo com o casal, elas descobriram que os dois vistos estadunidenses tinham sido cancelados apenas após o embarque para a viagem no Aeroporto de Guarulhos. Ao todo, elas estimam que o prejuízo financeiro foi de pelo menos R$ 35 mil. 

Segundo Kátyna Baía, nas redes sociais, a personal trainer fala que o ocorrido ainda é um efeito da prisão injusta que as duas foram submetidas na Alemanha. “Em função da [nossa] prisão injusta, mais uma vez nós somos vítimas e os Estados Unidos cancelaram os nossos vistos. Já faz quase dois anos que nós fomos presas na Alemanha devido ao golpe da mala e a falta de segurança no despacho da bagagem”, afirmam. 

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No mesmo relato, as mulheres afirmam que esta viagem seria uma tentativa da retomada da vida comum após o trauma. Contudo, a mulher afirma que todo o esforço de seis meses de viagem para comemorar o aniversário da Kátyna foi desfeito de última hora ao serem informadas pelas companhias aéreas de que o visto havia sido cancelado. “A insegurança do Aeroporto de Guarulhos nos fez novamente como vítimas”, afirma Kátyna. Apesar disso, Joanne afirma que acredita que houve uma falha de comunicação entre o governo alemão e os outros países da soltura e dos desembaraços do processo. 

Prejuízo financeiro após caso das malas

Segundo a mulher, o prejuízo financeiro é de aproximadamente R$ 35 mil que somam as passagens aéreas de ida e volta e a hospedagem no país norte americano. Apesar do alto valor depositado, o jornal não conseguiu uma resposta se a empresa de viagens aéreas irá reembolsar o valor. Também, depois de solicitar ajuda ao consulado estadunidense, as mulheres afirmam que receberam uma resposta por e-mail para que iniciem um novo processo de um novo visto para a visitação no país com uma nova entrevista em Brasília.

Em março de 2023, as duas mulheres foram presas injustamente na Alemanha após as malas delas terem sido trocadas em um esquema de contrabando de drogas. O crime consistia em empregados do aeroporto que eram envolvidos com o tráfico que trocavam as etiquetas das bagagens com drogas por outras pessoas que o produto entre em países estrangeiros. O caso de Kátyna e Jeanne ganharam reconhecimento nacional e trouxeram à tona o crime praticado dentro de alguns aeroportos. 

Polícia Federal no caso da malas

Por causa disso, a Polícia Federal montou uma operação que contabilizou dezesseis pessoas presas envolvidas no esquema. Ao todo, foram 14 mandados de prisão temporária, dois mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarulhos e São Paulo. Devido a essa ação, a PF afirmou que a quadrilha responsável pelo tráfico internacional de drogas havia sido desmantelada no balanço final da operação.

Além das goianas, o grupo também foi apresentado como o responsável pelo tráfico de drogas à França em março de 2023 e outro para Portugal em outubro de 2022. Apesar disso, o delegado à frente do caso, Felié Lavareda, durante a coletiva afirmou que o grupo pode ter sido responsável por outros casos similares, mas que não foram flagrados pelas forças de segurança pública.

“Nos três casos temos a materialidade, temos a droga. Mas temos a informação de que esse grupo é responsável por inúmeros outros[casos], só que não temos a materialidade porque, muitas vezes, passou. Mas temos quebra de protocolo, conversa de tal dia que fala ‘ vamos colocar tal mala’”, afirma.

Prisão na Alemanha pela malas trocadas

Enquanto isso, as mulheres seguiram presas na Alemanha por 38 dias por um crime que não cometeram. Apesar do diálogo com a embaixada e das provas comprovarem o contrário, a Justiça alemã ficou a pouco de indiciá-la por 15 anos de prisão por contrabando de drogas. Nas redes sociais, o casal compartilhava a experiência com os seguidores e a imprensa nacional com entrevistas e coletivas após a chegada no Brasil. “Nós fomos presas injustamente, mal recebidas e maltratadas pela polícia alemã”. Contudo, após as tratativas, o governo alemão conseguiu intermediar a soltura junto com a justiça do País.

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