O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) solicitou nesta segunda-feira (25/11) o arquivamento parcial da investigação envolvendo Gusttavo Lima e Deolane Bezerra na Operação Integration. A operação investiga suposta lavagem de dinheiro por meio de casas de apostas e jogos ilegais.

O pedido de arquivamento, assinado pela promotora Mariana Pessoa de Melo Vila Nova, atende a uma determinação da juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. Na semana passada, a magistrada estabeleceu um prazo de cinco dias para que o Ministério Público oferecesse denúncia, pedisse novas diligências ou arquivasse os casos relacionados à operação.

Segundo o parecer do MP, não há provas que vinculem Gusttavo Lima a crimes de lavagem de dinheiro. A investigação sobre a compra e venda de uma aeronave entre o cantor e as empresas Esportes da Sorte e Vai de Bet não encontrou indícios de ocultação de valores. O documento afirma que todas as transações foram documentadas e tiveram as movimentações bancárias registradas.

Operação contra Gusttavo Lima e Deolane Bezerra

A operação, deflagrada em 4 de setembro, resultou na prisão de Deolane Bezerra e de sua mãe, Solange Bezerra, além da apreensão de um avião que pertenceu a Gusttavo Lima. A aeronave foi apontada como possível elo entre a Esportes da Sorte e a Vai de Bet, empresas investigadas por supostas atividades ilegais. No entanto, até o momento, não foram encontrados elementos que comprovem tais acusações contra o cantor.

Apesar do arquivamento parcial, o MP-PE continuará investigando a Esportes da Sorte e outros alvos, incluindo os empresários José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Rocha, donos da Vai de Bet. A empresa Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos, apontada como intermediadora de pagamentos entre a Esportes da Sorte e a Vai de Bet, também permanece sob investigação, aguardando a quebra de seus sigilos bancário e fiscal.

Por fim, o parecer do MP ressalta que, até o momento, não há evidências de que as operações financeiras das empresas investigadas estejam relacionadas a atividades ilícitas. Assim, enquanto Gusttavo Lima e Deolane Bezerra têm seus casos arquivados, as apurações contra as empresas e outros envolvidos seguem em andamento.