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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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Crise na saúde

Emendas prontas para pagamento não chegaram à saúde de Goiânia, aponta MP

Promotora afirma que dívidas da Secretaria Municipal de Saúde chegam a R$ 300 milhões

Postado em 27 de novembro de 2024 por Bruno Goulart
Emendas prontas para pagamento não chegaram à saúde de Goiânia, aponta MP
Foto: Thiago Borges/O Hoje

A promotora Marlene Nunes Freitas Bueno, coordenadora da Área da Saúde do Ministério Público de Goiás (MPGO), revelou que diversas emendas parlamentares prontas para pagamento não foram repassadas à rede pública de saúde de Goiânia.

A declaração foi feita nesta quarta-feira (27/11) durante coletiva de imprensa sobre a operação Comorbidade, que levou à prisão do secretário de Saúde da capital, Wilson Pollara.

Entre as instituições que não receberam os recursos, a promotora citou o Hospital Araújo Jorge, a Santa Casa de Misericórdia e a Casa de Eurípedes.

Dívida de R$ 300 milhões

Segundo Marlene, a dívida da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chega a R$ 300 milhões. Ela destacou que os atrasos sucessivos nos repasses aos hospitais levantaram suspeitas de irregularidades na pasta.

Leia mais: Pollara é preso no dia da festa de despedida na Secretaria de Saúde

“A gente vê um hospital precisando receber R$ 1 milhão, R$ 500 mil porque tem a folha para pagar. E entra o mês, outro mês, mas o dinheiro não chega. Ora, é óbvio que nós queremos saber disso, né? Onde está indo o dinheiro?”, questionou a promotora.

Ela também reforçou que Goiânia não enfrentou nenhuma emergência pública na saúde que justificasse os atrasos e lembrou que a cidade destina mais de 15% da arrecadação à saúde, como determina a legislação.

A operação

Segundo o MPGO, a operação cumpriu três mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão. As ações foram realizadas na sede da Secretaria Municipal de Saúde, nas residências dos presos e de um empresário vinculado aos contratos investigados. Durante as buscas, os agentes encontraram R$ 20.085 em espécie com um dos alvos.

A investigação aponta para a associação dos alvos para a prática reiterada de crimes, como a concessão de vantagens em contratos e a existência de pagamentos irregulares, ocasionando prejuízo para a administração pública.

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