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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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saúde

Menopausa: como enfrentar os desafios e cuidar da saúde

Especialista explica por que o acompanhamento médico é essencial

Postado em 27 de novembro de 2024 por Luana Carvalho
A indicação da TRH depende de cada caso. | Foto: Reprodução

A menopausa, período de transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva, é uma etapa marcante e desafiadora na vida de muitas mulheres. Ocorre geralmente entre os 45 e 55 anos, mas pode surgir de forma precoce, por volta dos 40, em casos específicos. Essa fase, caracterizada por mudanças hormonais intensas, traz sintomas que afetam a qualidade de vida, como ondas de calor, cansaço, alterações de humor e dores no corpo. Porém, alternativas para enfrentar esse momento existem, e a orientação médica é fundamental para uma vida mais saudável e equilibrada.

A terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser uma aliada importante para as mulheres que enfrentam sintomas exacerbados da menopausa. Contudo, o ginecologista José Ricardo Lopes enfatiza que não há uma receita universal. “Para decidir se a reposição hormonal é indicada, é preciso uma avaliação detalhada, que inclui um bom anamnese, exame físico e exames complementares”, explica o especialista.

A indicação da TRH depende de cada caso. Para as pacientes elegíveis, há ainda a necessidade de escolher a via mais adequada, que pode variar entre comprimidos (via oral) ou cremes aplicados na pele (via transdérmica). “Nem sempre a via oral é a melhor opção. A transdérmica, por exemplo, tem benefícios específicos”, destaca o médico.

Apesar dos benefícios significativos, como a redução ou até eliminação dos sintomas da menopausa, a TRH também apresenta riscos, como aumento do risco cardiovascular, leve elevação nas chances de AVC, infarto, e câncer de mama ou endométrio. No entanto, José Ricardo reforça que esses riscos não devem impedir a prescrição quando bem indicada. “É essencial acompanhar de perto, mas esses riscos são pequenos e não justificam evitar o tratamento em casos necessários.”

A importância do acompanhamento médico

Para lidar com a menopausa, a recomendação é clara: visitas regulares ao ginecologista. “O ideal é que a mulher procure o médico pelo menos uma vez por ano”, orienta o especialista. O objetivo dessas consultas é personalizar os cuidados, considerando fatores de risco e hábitos de vida para determinar os exames necessários.

A menopausa impacta diversas áreas da saúde feminina, exigindo vigilância especial. “Há maior risco de osteoporose, doenças cardiovasculares, e síndrome metabólica, como resistência à insulina e diabetes”, alerta José Ricardo. Portanto, o acompanhamento médico não apenas auxilia no diagnóstico precoce, mas também na adoção de medidas preventivas e tratamentos que garantam uma melhor qualidade de vida.

Pilates: uma alternativa eficaz

Além do acompanhamento médico, práticas físicas como o Pilates têm se mostrado grandes aliadas das mulheres na menopausa. De acordo com a fisioterapeuta Josi Araujo, a modalidade ajuda no fortalecimento do core e na estabilização da pelve, fatores que contribuem diretamente para a redução de dores, especialmente as lombares.

“Exercícios que ativam os músculos abdominais e estabilizadores da coluna são ideais para manter a postura e prevenir dores típicas dessa fase”, explica Josi. Ela ressalta que a carga e a intensidade dos exercícios devem ser ajustadas gradualmente, respeitando os limites do corpo, o que é essencial para evitar sobrecarga em articulações sensíveis devido à redução da densidade óssea.

Além de fortalecer o corpo, o Pilates também pode melhorar outros sintomas, como a sudorese excessiva e os distúrbios do sono, proporcionando mais disposição e qualidade de vida às praticantes.

Saúde integral na menopausa

A menopausa é uma fase que exige atenção integral à saúde da mulher. Cuidar do bem-estar físico e emocional é fundamental para enfrentar os desafios impostos por essa transição. Entre as principais recomendações estão a busca por orientação médica regular, a adoção de práticas físicas como o Pilates, e o cuidado com a alimentação, evitando o aumento de peso e os riscos relacionados à síndrome metabólica.

Com apoio médico e mudanças no estilo de vida, é possível atravessar essa fase de forma mais tranquila, valorizando a saúde e o bem-estar em todas as suas dimensões.

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