SINDILABS-GO e FEHOESG se manifestam por meio de nota após prisão de secretário de Saúde de Goiânia
A operação investiga irregularidades na gestão da saúde pública municipal, incluindo atrasos nos repasses financeiros
Na tarde desta quarta-feira (27), duas entidades divulgaram uma nota conjunta em resposta à operação realizada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), que resultou na prisão do secretário de saúde de Goiânia, Wilson Pollara, e outros envolvidos. São as entidades Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue de Goiás (SINDILABS-GO) e a Federação dos Hospitais, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Saúde no Estado de Goiás (FEHOESG).
A operação investiga irregularidades na gestão da saúde pública municipal, incluindo atrasos nos repasses financeiros, falta de transparência e precarização dos serviços.
As entidades destacaram na nota que há tempos vêm alertando sobre a gestão ineficiente e as dificuldades enfrentadas por prestadores de serviços de saúde, como laboratórios e hospitais, devido aos atrasos nos pagamentos e à falta de insumos. De acordo com a nota, essa situação tem prejudicado diretamente o atendimento à população e sobrecarregado os profissionais da saúde. Veja as denúncias efetuada pelos sindicatos:
–Irregularidades financeiras: A falta de repasses regulares prejudica diretamente laboratórios, bancos de sangue e hospitais, impactando sua capacidade de realizar exames e procedimentos essenciais. Apesar das verbas federais serem transferidas ao município, o atraso nos pagamentos tem sido uma prática recorrente.
–Precarização do atendimento: Pacientes têm enfrentado longas esperas para diagnósticos e tratamentos, situação agravada pela falta de insumos e pelo endividamento dos prestadores de serviços de saúde.
–Crise nos serviços laboratoriais e bancos de sangue: Muitos laboratórios têm operado no limite para manter o atendimento, mesmo diante de dívidas acumuladas pela gestão pública. Essa realidade compromete a qualidade do serviço prestado e sobrecarrega os profissionais da área.
-Transparência e gestão ineficiente: As entidades têm reiterado a necessidade de maior clareza na aplicação dos recursos e no planejamento da saúde pública, especialmente em momentos de crise.
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