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quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Saúde

Após prisão de secretário, Cruz oficializa Cynara Mathias para comando da SMS

Prefeito nomeia servidora efetiva para chefiar pasta em meio a crise na saúde goianiense

Postado em 28 de novembro de 2024 por Thiago Borges
Após prisão de secretário, Cruz oficializa Cynara Mathias para comando da SMS
Com pouco mais de 30 dias para o fim da gestão, prefeito precisou encontrar novo nome para pasta Foto: Reprodução

Com pouco mais de 30 dias para finalizar sua gestão, Rogério Cruz (Solidariedade) se vê diante da crise instaurada na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O prefeito anunciou Cynara Martins como a nova titular da pasta que cuida da saúde dos goianienses, após Wilson Pollara, preso em operação deflagrada pelo Ministério Público, ser afastado da função.

Em coletiva à imprensa, na manhã da última quarta-feira (27), Cruz afirmou que os pagamentos feitos pela Prefeitura obedecem uma ordem cronológica – instituída por meio de decreto de fevereiro deste ano – mas que cada secretaria tem suas “prioridades”. Além disso, Rogério afirmou que as pastas precisam apresentar “justificativas para fazerem seus pagamentos”.

O prefeito também aproveitou o momento para rebater as críticas sobre sua atuação como gestor na reta final de seu mandato. “Algumas pessoas dizem que eu estou sumido. Eu estou todos os dias no Paço Municipal preparando a Prefeitura para ser bem entregue ao próximo gestor. Não estou afastado como muitos andam dizendo e o meu compromisso com a cidade é até o dia 21 de dezembro. Eu não sou uma pessoa de jogar a toalha e não me furto ao trabalho”.

Além de Cynara no comando da SMS, Cruz anunciou Acácia Cristina Marcondes Almeida Spirandelli como Secretária Executiva da pasta, substituindo Quesede Ayres Henrique, também preso na operação. Bruno Costa assume como diretor financeiro da pasta, no lugar de Bruno Vianna Primo, também preso na quarta.

Prefeito eleito, Sandro Mabel (União Brasil) garantiu que tem acompanhado os desdobramentos das investigações. Mabel garante que irregularidades, se houveram, precisam ser apuradas e defende a atuação do órgão diante dos problemas encontrados na gestão da pasta. A equipe de transição de Mabel e Rogério se reuniram recentemente para tratar da crise na saúde de Goiânia.

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Operação Comorbidade 

A operação que prendeu Pollara, Quesede e Bruno – nomeada operação Comorbidade – foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especializada no Patrimônio Público (GAEPP), do Ministério Público de Goiás (MPGO). O MPGO alega que a prisão temporária acontece no âmbito da investigação por supostos crimes de associação criminosa e pagamentos irregulares em contratos administrativos, privilegiando fornecedores. 

As prisões acontecem em meio a crise nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na capital goiana. Nos últimos dias, quatro pessoas morreram aguardando vagas em leitos de UTIs de Goiânia. A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão de maternidades e unidades hospitalares, mantém um passivo de R$121,8 milhões junto aos fornecedores. O suposto esquema interrompia repasses financeiros a hospitais e serviços essenciais.

Entre as instituições que não receberam os recursos, estão o Hospital Araújo Jorge, a Santa Casa de Misericórdia e a Casa de Eurípedes, segundo a promotora Marlene Nunes Freitas Bueno, coordenadora da Área de Saúde do MPGO. Ela participou de uma coletiva à imprensa na tarde da última quarta-feira, junto a André Lobo Alcântara Neves, integrante do GAE Saúde; Lucas César Costa Ferreira, coordenador da Área do Patrimônio Público do MPGO; e Rafael Correa Costa, coordenador do GAE Patrimônio Público.

Segundo o MPGO, a operação cumpriu três mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão. As ações foram realizadas na sede da Secretaria Municipal de Saúde, nas residências dos presos e de um empresário vinculado aos contratos investigados. Durante as buscas, os agentes encontraram R$ 20.085 em espécie com um dos alvos. (Especial para O Hoje)

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