Campanha do dezembro vermelho traz alerta a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis
Com início no Dia Mundial de Luta contra a Aids, a campanha estimula a realização de testes e o tratamento adequado
O mês de dezembro é um período repleto de ações de conscientização sobre saúde, sendo uma das mais relevantes a campanha Dezembro Vermelho. A iniciativa criada no Brasil pela Lei nº 13.504/2017, tem como objetivo informar a população sobre a prevenção e o tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), com uma atenção especial voltada para o HIV/aids.
A antiga terminologia Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) foi alterada para ISTs pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que decidiu adotar essa nova nomenclatura, pois a palavra ‘doença’ está associada a sinais e sintomas visíveis, enquanto ‘infecção’ abrange também casos assintomáticos.
As ISTs, que são causadas por mais de 30 tipos de vírus ou bactérias, são transmitidas principalmente através do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada, e podem ser transmitidas também de mãe para filho durante a gestação, o nascimento ou a amamentação.
A campanha com início no Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro), se estende por todo o mês, abrangendo atividades educativas e mobilizações sociais, com a meta de diminuir o preconceito e a discriminação relacionadas a essas doenças, além de estimular a realização de testes e o tratamento adequado.
Infecções Sexualmente Transmissíveis
As principais infecções transmitidas são o HIV/aids, que ataca o sistema imunológico, podendo levar à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Já a sífilis é uma infecção bacteriana que, se não tratada, pode causar complicações graves. A gonorreia, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, pode levar à infertilidade se não tratada.
A clamídia é uma infecção bacteriana que pode ser assintomática, mas também causar sérias complicações reprodutivas. A HPV, Papilomavírus Humano, pode causar verrugas genitais e está associada ao câncer de colo de útero. E para finalizar, a Hepatite B, que não tem cura e muitas pessoas infectadas desconhecem que têm hepatite B, devido à ausência de sintomas.
Quais são as maneiras de prevenção?
A prevenção das ISTs envolve diversas estratégias, sendo as principais apresentadas a seguir:
O uso de preservativos: essa é uma das formas mais eficazes de prevenção, quando usados de maneira correta e constante;
Educação sexual: é fundamental que existam programas educativos que tratam da sexualidade de forma clara e informativa, especialmente para a conscientização dos jovens;
Exames frequentes: é importante realizar testes regulares para ISTs, principalmente para indivíduos que têm vários parceiros sexuais ou que não utilizam preservativos de forma consistente;
Tratamento das ISTs: é fundamental obter um tratamento rápido e adequado para as ISTs, a fim de prevenir complicações e a transmissão para outras pessoas;
Profilaxia Pré-Exposição (PrEP): a utilização de medicamentos por pessoas em alto risco de contrair HIV ajuda a diminuir as chances de infecção;
Uso da Profilaxia pré e pós-exposição: uma maneira eficaz de prevenir a infecção pelo HIV é a utilização da PrEP, um método que envolve a ingestão de comprimidos antes da atividade sexual, preparando o organismo para um possível contato com o vírus.
Diagnóstico
O diagnóstico da infecção por HIV é realizado mediante a coleta de sangue venoso, que permite a execução de testes rápidos ou laboratoriais capazes de identificar os anticorpos relacionados ao HIV. Com os testes rápidos, os resultados podem ser obtidos em torno de 30 minutos.
Além disso, o SUS disponibiliza gratuitamente autotestes de HIV, permitindo que as pessoas realizem o exame de forma autônoma, em qualquer momento e local que desejarem.