MP-GO cobra medidas urgentes para enfrentar crise na saúde de Goiânia
A Operação Comorbidade levou à prisão de ex-secretários e diretores da pasta
Diante da grave crise na saúde pública de Goiânia, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) aumentou as cobranças sobre a administração municipal. Em um ofício enviado no sábado (30), o MP solicitou ao prefeito Rogério Cruz, à secretária Cynara Mathias e ao procurador-geral José Carlos Issy a compra imediata de medicamentos e a contratação de profissionais de saúde.
O promotor André Lobo Alcantara Neves ressaltou que a falta de remédios e a carência de profissionais de saúde comprometem seriamente o atendimento à população que depende do SUS, intensificando a crise nas unidades de saúde. Além disso, a escassez de leitos de UTI e insumos médicos agrava ainda mais a situação.
Investigação de corrupção realizada pelo MP-GO revelou desvios de recursos destinados à saúde pública. A Operação Comorbidade levou à prisão de ex-secretários e diretores da pasta, acusados de superfaturamento e desvio de verbas, o que aumentou a gravidade da crise.
Recentemente, em reunião com representantes do MP-GO, da Secretaria Municipal de Saúde e do governo estadual, foi discutida a seriedade do problema, com a constatação de que várias unidades de saúde estão funcionando abaixo da capacidade mínima necessária.
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Em resposta, a Prefeitura de Goiânia anunciou a realização de compras emergenciais de medicamentos e insumos, com apoio da Procuradoria Geral do Município e do Tribunal de Contas dos Municípios. Contudo, o MP-GO exige ações imediatas para restabelecer o atendimento adequado à população.