Na terça-feira (3) a cantora Liniker, subiu ao palco do Prêmio Multishow, no Riocentro, Rio de Janeiro, para receber quatro troféus por seu trabalho no disco “Caju”. O álbum foi premiado nas categorias MPB do Ano, Álbum do Ano e Capa do Ano, consagrando a artista como uma das grandes vencedoras da cerimônia.

Visivelmente emocionada ao buscar seu último prêmio, Liniker fez um discurso impactante, destacando a relevância da representatividade de pessoas trans no Brasil, país que enfrenta uma das maiores taxas de violência contra essa população.

“Eu agradeço imensamente pela possibilidade de ser ouvida em um país que silencia e reprime tantas vozes, sentimentos e realidades como a minha, que sempre sonhou em apenas existir. Poder me alimentar do meu próprio sonho, mesmo dentro da complexidade do Brasil, é um ato de resistência”, disse a cantora, que também mencionou o papel transformador da música e do reconhecimento.

Com dois figurinos distintos durante o evento, Liniker fez questão de ressaltar a importância de sua base de fãs e o esforço coletivo por trás do álbum. “Esse disco, que começou como um sonho meu e foi construído com tantas outras mãos, representa um brinde ao presente e ao futuro. Ele é a melhor expressão do que pude fazer ao acreditar em quem eu sou. Obrigada a todos que escutam e se veem nas músicas que escrevi com tanto amor.”

Além de Liniker, a noite também foi marcada pela performance de Anitta, que brilhou em cinco categorias: Clipe TVZ do Ano (“Mil Veces”), Artista do Ano, Álbum do Ano (“Funk Generation”), Capa do Ano (“Funk Generation”) e Funk do Ano (“Joga Pra Lua”, com Dennis DJ e Pedro Sampaio). Anitta ainda recebeu o Troféu Vanguarda, tornando-se a primeira artista a ser homenageada com a honraria. Para encerrar a cerimônia, ela apresentou um show repleto de hits, com efeitos de chuva no palco e interação com o público ao se jogar na plateia.