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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
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Saúde

Pessoas com narcolepsia podem enfrentar desafios no dia a dia

Estima-se que 1 em cada 2.000 pessoas sejam afetadas pela narcolepsia, que pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas geralmente surge entre os 7 e os 25 anos

Postado em 9 de dezembro de 2024 por Leticia Marielle
Pessoas com narcolepsia podem enfrentar desafios no dia a dia. | Foto: Reprodução/Canva

A narcolepsia é um distúrbio do sono raro, mas capaz de afetar profundamente a qualidade de vida de quem sofre com ele, especialmente quando não é diagnosticado a tempo. Em alguns casos, as pessoas podem estar exercendo alguma atividade cotidiana, como dirigir, comer ou até mesmo bater um papo com um amigo, e, de repente, sentir seus olhos pesando e o corpo cedendo ao sono, tudo isso em questão de segundos. Essa experiência pode ser assustadora, mas para muitas pessoas, ela é uma realidade diária.

Entenda o que narcolepsia

A narcolepsia é um distúrbio do sono crônico que se caracteriza pela sonolência excessiva durante o dia e pode impactar significativamente as atividades diárias dos indivíduos afetados. Entre os sintomas mais comuns, estão a cataplexia, que é uma fraqueza muscular súbita em resposta a emoções, paralisia do sono e a sensação de sonhar enquanto ainda se está acordado.

De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), a narcolepsia pode fazer com que a pessoa adormeça involuntariamente em momentos inusitados, como ao dirigir, comer ou até mesmo conversar. Estima-se que 1 em cada 2.000 pessoas sejam afetadas pela condição, que pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas geralmente surge entre os 7 e os 25 anos, com prevalência mundial em torno de 3 milhões de pessoas.

A doença tende a ser subdiagnosticada, já que a sonolência excessiva é um sintoma comum a diversas outras condições. Sem um diagnóstico adequado, a narcolepsia pode prejudicar a qualidade de vida de quem a apresenta, afetando o bem-estar psicológico, social e cognitivo do paciente.

Embora a causa exata da narcolepsia não seja totalmente compreendida, pesquisas indicam que ela pode ser desencadeada por uma deficiência no neurotransmissor hipocretina, que tem papel fundamental na regulação do estado de alerta e do ciclo sono-vigília.

Os principais sinais da narcolepsia incluem sonolência excessiva durante o dia, cataplexia, paralisia do sono, sono noturno interrompido e alucinações ao acordar ou adormecer. A doença pode ser classificada em dois tipos: o tipo 1, que envolve baixos níveis de hipocretina e cataplexia, e o tipo 2, que se caracteriza apenas pela sonolência excessiva, sem a fraqueza muscular desencadeada por emoções.

Diagnóstico

O diagnóstico da narcolepsia é feito por meio de uma avaliação clínica detalhada, que inclui exames como a polissonografia noturna e o teste diurno de múltiplas latências do sono. Esses testes ajudam a medir a sonolência diurna e a verificar a entrada prematura no sono REM.

Embora a narcolepsia não tenha cura, existem tratamentos que visam controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento pode ser comportamental, com mudanças no estilo de vida e na organização das atividades diárias, e medicamentoso, com o uso de estimulantes para combater a sonolência excessiva e antidepressivos para tratar outros sintomas associados.

Tratamento

A Associação Brasileira do Sono recomenda diversas estratégias para uma rotina de sono mais saudável, como manter horários regulares para dormir, praticar exercícios físicos e evitar substâncias que podem prejudicar o sono, como cafeína e álcool. Além disso, é essencial estar atento aos estímulos que podem desencadear episódios de cataplexia e adotar medidas para melhorar a vigilância durante o dia.

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