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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
Envelhecimento cerebral

Estudo revela cérebro de homens e mulheres envelhece de formas diferentes

Os pesquisadores analisaram o envelhecimento do cérebro e a angiogênese em um grupo de 435 pessoas

Postado em 11 de dezembro de 2024 por Leticia Marielle
Estudo revela cérebro de homens e mulheres envelhece de formas diferentes. | Foto: Reprodução/Canva

Com o tempo, o cérebro passa por um processo natural de envelhecimento, que pode levar ao surgimento de sintomas típicos do declínio cognitivo e da demência. Contudo, uma pesquisa recente revela que o envelhecimento cerebral pode ocorrer de maneira distinta em homens e mulheres. O estudo, publicado na quarta-feira (27) na Science Translational Medicine, oferece novas informações sobre como o envelhecimento do cérebro está relacionado à quebra da angiogênese, ou seja, à formação de vasos sanguíneos.

Os vasos sanguíneos também envelhecem ao longo do tempo, assim como outras partes do corpo, e a ruptura de pequenos vasos pode representar riscos à saúde, estando ligada a diferentes formas de demência e comprometimento cognitivo. Por esse motivo, compreender esse processo é essencial para o desenvolvimento de novas terapias para a demência.

Para investigar essa questão, os pesquisadores analisaram o envelhecimento do cérebro e a angiogênese em um grupo de 435 pessoas, além de utilizar um conjunto adicional de dados de 80 indivíduos idosos para validar suas descobertas. A equipe estudou imagens cerebrais, informações clínicas e marcadores sanguíneos relacionados à angiogênese.

Os resultados indicaram que, em mulheres mais jovens, determinados marcadores de formação de vasos sanguíneos estavam associados a uma melhor função executiva e a menor atrofia cerebral. No entanto, esses padrões se inverteram a partir dos 75 anos, sugerindo que tanto o sexo quanto a idade são fatores importantes a serem considerados nesse tipo de estudo.

Além disso, a abordagem de modelagem adotada pela pesquisa oferece um novo modelo para a investigação de biomarcadores plasmáticos de doenças neurodegenerativas vasculares, com grande potencial para diagnósticos e intervenções em futuros ensaios clínicos. Embora esses resultados precisem ser confirmados em estudos futuros, eles podem servir como base para novas pesquisas e terapias focadas na demência e em distúrbios vasculares cerebrais.

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