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sábado, 14 de dezembro de 2024
Saúde

Descubra tudo sobre a doença conhecida como Síndrome do Lobisomem

O sintoma principal dessa síndrome é o crescimento excessivo de pelos no corpo

Postado em 14 de dezembro de 2024 por Leticia Marielle
O sintoma principal dessa síndrome é o crescimento excessivo de pelos no corpo | Foto: Reprodução

A hipertricose, também chamada de “síndrome do lobisomem”, é uma condição dermatológica rara que se caracteriza pelo crescimento excessivo de pelos em várias partes do corpo, podendo ocorrer de forma localizada ou generalizada. Muitas vezes, essa condição é confundida com o hirsutismo, que se refere ao aumento anormal de pelos em mulheres em áreas onde normalmente não aparecem, como na barba. Porém, ao contrário da hipertricose, o hirsutismo é causado por desequilíbrios hormonais.

A hipertricose pode ser tanto congênita, ou seja, presente desde o nascimento, quanto adquirida, quando surge devido a fatores externos. No caso da hipertricose adquirida, ela pode estar associada a diversas doenças sistêmicas, ao uso de certos medicamentos e até a neoplasias. Medicamentos como fenitoína, minoxidil oral e ciclosporina podem estar entre os responsáveis por essa condição, assim como doenças como anorexia, síndromes de má absorção, hipotiroidismo e síndromes paraneoplásicas.

Os sintomas

O sintoma principal da hipertricose é o crescimento excessivo de pelos no corpo, que pode ocorrer de forma localizada, afetando uma área específica, ou generalizada, abrangendo várias partes do corpo. No caso da hipertricose congênita, que está presente desde o nascimento, os pelos podem cobrir todo o corpo do bebê, e a condição pode estar relacionada a mutações genéticas. Além disso, podem ocorrer outras malformações, como problemas dentários, auditivos e esqueléticos.

A hipertricose normalmente resulta no crescimento de um dos três tipos de pelos: os vellus, que são curtos e podem crescer em qualquer parte do corpo, exceto em áreas como as solas dos pés, a parte de trás das orelhas, os lábios, as palmas das mãos ou em tecido cicatricial; o lanugo, que são pelos finos e macios, semelhantes aos que cobrem o corpo de um recém-nascido; e os pelos terminais, que são longos, grossos e, frequentemente, muito escuros.

O diagnóstico

O diagnóstico da hipertricose é realizado por um dermatologista, que avalia a aparência dos pelos e sua distribuição pelo corpo. O profissional também pode investigar o histórico clínico do paciente, considerando a presença de doenças endocrinológicas, a história familiar e o uso de medicamentos que possam estar relacionados ao crescimento excessivo de pelos.

Tratamento

O tratamento para a hipertricose varia conforme a causa subjacente. Caso a condição seja provocada por algum medicamento, a suspensão do uso do medicamento, se possível, pode ajudar a reduzir o crescimento dos pelos. Quando a hipertricose é resultado de uma doença sistêmica, é fundamental diagnosticar e tratar a condição de base. Além disso, métodos de remoção física dos pelos, como a depilação manual ou a depilação a laser, podem ser utilizados para controlar a condição.

A hipertricose congênita não pode ser evitada, mas a forma adquirida pode ser. O diagnóstico precoce é fundamental para impedir que a condição se agrave. Quando a hipertricose é causada pelo uso de medicamentos, é importante discutir os possíveis riscos com o médico antes de iniciar o tratamento. Caso a condição seja diagnosticada, o uso do medicamento responsável deve ser interrompido.

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