Mourão admite discussões sobre golpe, mas classifica tentativa como “golpe bem tabajara”
Ex-vice-presidente explica que discussões não evoluíram e critica a investigação sobre plano de assassinato de Lula
O ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) admitiu nesta segunda-feira (16), que houve discussões sobre um golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, mas desqualificou a tentativa, a chamando de “golpe bem tabajara” sem ação concreta.
Mourão explicou que houve reuniões entre uma ala das Forças Armadas, mas nenhuma delas resultou em movimentos práticos. Ele destacou a falta de adesão do Alto Comando do Exército e a ausência de apoio popular como fatores que impediram o golpe.
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Sobre investigações de um possível plano de assassinato de Lula, o ex-vice-presidente minimizou o caso, considerando-o como um “desentendimento” sem fundamento real. Mourão também admitiu saber sobre reuniões no Palácio da Alvorada, mas negou envolvimento.
O general ainda comentou a derrota de Bolsonaro em 2022, a atribuindo a falhas internas e críticas inadequadas durante a pandemia. Além disso, ele não descartou a possibilidade de Bolsonaro voltar à corrida eleitoral em 2026.