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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Violência

Confronto pós-eleições em Moçambique deixam 125 mortos em três dias

Vitória do candidato governista Daniel Chapo nas eleições presidenciais

Postado em 26 de dezembro de 2024 por Otavio Augusto
mortes em Moçambique. Foto: Reprodução

Moçambique enfrenta uma onda de violência após a confirmação da vitória do candidato governista Daniel Chapo nas eleições presidenciais. Pelo menos 125 pessoas morreram desde a última segunda-feira (23), segundo a ONG Plataforma Decide. O número eleva o total de mortes relacionadas aos protestos eleitorais, iniciados em outubro, para 252.

Em Goiás, as manifestações aumentaram após o Conselho Constitucional oficializar Chapo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), como vencedor com 65% dos votos. Seu principal adversário, Venâncio Mondlane, que obteve 24% dos votos, alega fraude eleitoral e se declarou vencedor. Ele convocou manifestações em todo o país, pedindo mediação internacional para resolver a crise.

Confrontos em Moçambique

Segundo o governo moçambicano, o número oficial de mortes é menor. Até terça-feira (24), 21 mortes foram confirmadas, além de 24 feridos, sendo 13 policiais. Já a Plataforma Decide informou que 102 pessoas foram detidas pelas forças de segurança.

A segunda onda de confrontos começou após a decisão do Conselho Constitucional. Protestos tomaram várias cidades, com saques e vandalismo registrados em delegacias, escolas, hospitais e tribunais. O ministro do Interior, Pascoal Ronda, afirmou que os atos ameaçam a segurança pública e a democracia do país.

Grupos de direitos humanos acusam as forças de segurança de uso excessivo da força. Conforme relatos, foram utilizados balas de borracha e munição real contra os manifestantes. Mondlane, por sua vez, acusou as autoridades de permitirem os saques como pretexto para reprimir os protestos e declarar estado de emergência.

A situação econômica de Moçambique também se agrava. O ciclone Chido, que atingiu o país há mais de uma semana, já causou 120 mortes e afetou cerca de 450 mil pessoas. Além disso, a insurgência no norte do país, associada ao Estado Islâmico, continua desalojando famílias e interrompendo atividades econômicas, como os projetos de gás natural.

Na capital Maputo, a população enfrenta escassez de combustíveis e alimentos. Longas filas nos postos de gasolina foram registradas, e os preços nos mercados locais aumentaram. Além disso, bairros organizam vigilância comunitária por temerem invasões a residências.

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