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sábado, 28 de dezembro de 2024
Recorde

Abate de bovinos cresce e puxa exportações de carne

Goiás registrou o abate de 1,06 milhão de bovinos no terceiro trimestre de 2024, representando um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior

Postado em 28 de dezembro de 2024 por Micael Silva
O agronegócio goiano encerra 2024 com resultados expressivos em várias cadeias produtivas, reafirmando a relevância do estado no cenário nacional e internacional Foto: Divulgação
O agronegócio goiano encerra 2024 com resultados expressivos em várias cadeias produtivas, reafirmando a relevância do estado no cenário nacional e internacional Foto: Divulgação

Conforme dados do IBGE, Goiás registrou o abate de 1,06 milhão de bovinos no terceiro trimestre de 2024, representando um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho estadual correspondeu a 10,2% do total nacional, destacando a relevância do setor na economia goiana e brasileira.

Silvio Carlos Yassunaga Brito, presidente do Sindiaçougues – Sindicato Varejista de Carnes Frescas no Estado de Goiás, destacou os efeitos do aumento no abate de bovinos em outubro, atribuindo o movimento às exportações. “Esse aumento é reflexo das exportações. No mercado interno, principalmente em Goiás, tivemos uma queda no consumo da carne bovina devido aos aumentos muito expressivos em um espaço de tempo muito curto. Sem dúvida, as exportações, principalmente com o dólar alto, tornam-se muito mais atraentes do que o mercado interno”, afirmou.

Segundo Brito, a valorização das exportações foi positiva para a economia do estado, beneficiando pecuaristas e frigoríficos exportadores. “Para a economia do estado, sem dúvida, foi melhor. Pecuaristas e frigoríficos exportadores se beneficiaram muito neste cenário. Já para o consumidor de Goiás, certamente não foi nada bom. Os preços altos assustaram o consumidor e fizeram as vendas despencarem”, explicou.

O presidente do sindicato reconheceu a dificuldade de analisar mercados externos, mas exaltou a qualidade da carne bovina produzida em Goiás. “Difícil para nós fazermos análise de mercados externos, já que atuamos somente dentro do estado de Goiás. Mas é fácil reconhecer na carne bovina goiana uma excelente qualidade já consolidada dentro e fora do país”, disse.

No cenário internacional, o estado seguiu o ritmo de expansão do Brasil, que exportou 298,3 mil toneladas de carne bovina apenas em outubro, alcançando um faturamento de US$1,3 bilhão. Esse resultado marcou um aumento de 41,9% no volume e 44,6% no valor em comparação com o mesmo mês de 2023.

Além disso, o valor por tonelada atingiu US$4.560,89, registrando um crescimento de 1,9%. Goiás acompanhou essa tendência positiva, com seus principais mercados importadores ampliando as compras no período. Entre os destaques, a China aumentou suas importações em 6,6%, os Estados Unidos em 88,7%, o México em 1.860,5% e a Rússia em 109,8%, evidenciando a competitividade da carne bovina goiana no mercado internacional.

Com os desafios internacionais, como o aumento dos custos de produção e a redução do rebanho nos Estados Unidos, o Brasil pode assumir um papel ainda mais estratégico no completo global de carne bovina em 2025. Goiás, por sua vez, se posiciona como um dos estados protagonistas desse movimento, com perspectivas positivas tanto para a produção quanto para as exportações.

Em relação às perspectivas para 2025, Brito aposta em estabilidade nos preços. “O mercado interno não suporta mais aumentos, e com a oferta do produto moderada, não dá sinais de baixa. Acredito que teremos uma estabilidade nos preços por um bom período.”

Valorização do mercado interno

No mercado interno, o preço do bezerro segue em alta, acompanhando a valorização da arroba do boi gordo e outras categorias. Em outubro, o preço médio foi de R$2.205,46, representando um aumento de 7,1% em relação ao ano anterior.

Esse cenário de valorização está incentivando a retenção de fêmeas para a produção de bezerros. Dados do IBGE mostram uma redução significativa no abate de vacas (-12,5%) e novilhas (-33,5%) no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao segundo trimestre, reforçando a tendência de recuperação do rebanho e aumento da produção futura.

O desempenho expressivo de Goiás e do Brasil no setor bovino reflete o potencial competitivo do agronegócio brasileiro, que se posiciona como um dos grandes fornecedores de carne bovina para atender às demandas crescentes do mercado global.

O agronegócio goiano encerra 2024 com resultados expressivos em várias cadeias produtivas, reafirmando a relevância do estado no cenário nacional e internacional. O desempenho foi destacado no boletim “Agro em Dados” de dezembro, que traz informações detalhadas sobre a produção e exportação de carne bovina, suína, frango, lácteos, soja, milho e arroz

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