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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Operação Face Oculta

O número de pessoas que denunciam Karine Gouveia e seu esposo chega a 60

O casal foi preso em 18 de dezembro, eles são investigados por organização criminosa, lesão corporal gravíssima e estelionato, sendo acusados de oferecer preços abaixo do mercado para atrair clientes

Postado em 30 de dezembro de 2024 por Micael Silva
Karine Gouveia e Paulo César, casal investigado pela Polícia Civil Foto: Divulgação
Karine Gouveia e Paulo César, casal investigado pela Polícia Civil Foto: Divulgação

O número de clientes que denunciaram deformidades e complicações após procedimentos e cirurgias estéticas na clínica da empresária Karina Gouveia e de seu marido, Paulo César Dias, aumentou para 60. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), as vítimas são de diversas cidades goianas, outros estados brasileiros e até do exterior, de onde viajaram até Goiânia para serem atendidas.

Segundo a polícia, as vítimas foram submetidas a exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Algumas delas sofreram sequelas permanentes, como perda de olfato, além de necessitar de múltiplas cirurgias corretivas. O casal foi preso durante uma operação da PC no dia 18 de novembro, na qual também foram detidos um dentista e uma médica.

Karina e Paulo permanecem temporariamente detidos na Casa do Albergado, unidade destinada a detentos em regime aberto, enquanto o dentista e a médica foram liberados após decisão judicial favorável.

Leia mais: Polícia Civil deflagra operação para investigar irregularidades em clínicas de estética

Em nota divulgada na ocasião da prisão, a defesa do casal argumentou que não havia motivos para a manutenção da prisão, afirmando que ambos poderiam responder às acusações em liberdade sem comprometer o andamento do processo, uma vez que a clínica teve suas atividades suspensas.

Operação

A prisão do casal ocorreu no dia 18 de dezembro, e ambos passaram por audiência de custódia no dia seguinte, quando a Justiça manteve a prisão. Eles são investigados por organização criminosa, lesão corporal gravíssima e estelionato. A clínica oferecia preços abaixo do mercado para atrair clientes.

De acordo com a investigação, os procedimentos eram realizados em condições inadequadas, sem a devida habilitação dos profissionais para manuseio das substâncias usadas, e com falhas nas instalações da clínica, como falta de esterilização e o uso de bisturis cegos. Durante a operação, a Vigilância Sanitária registrou pelo menos 18 irregularidades na unidade de Goiânia da clínica, enquanto a unidade de Anápolis operava sem alvará sanitário e sem projeto arquitetônico aprovado.

A PC também informou que Karina Gouveia não tem formação superior na área da Saúde, sendo seu marido responsável pela parte administrativa da clínica.

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