O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (30) que considera corretas as intervenções realizadas pelo Banco Central (BC) para conter a alta do dólar. Em dezembro, a autoridade monetária atuou 14 vezes no mercado cambial, com destaque para um leilão à vista de US$ 1,815 bilhão, realizado no último pregão do ano.

Haddad defende intervenções do Banco Central

A cotação da moeda norte-americana encerrou o ano em R$ 6,17, marcando uma queda no dia após as ações do BC. Haddad destacou que o fortalecimento do dólar não é um fenômeno exclusivo do Brasil. “Eu penso que as intervenções do Banco Central foram corretas, no sentido de afastar um pouco, de dar liquidez para quem estava eventualmente fazendo remessa, enquanto o mercado processava as informações a respeito das medidas fiscais”, afirmou.

A alta acumulada do dólar em 2024 foi de 27,36% frente ao real, a maior valorização anual desde 2020, quando chegou a 29,3%. A moeda brasileira apresentou desvalorização superior à do peso argentino, refletindo um cenário global de fortalecimento do dólar.

Além disso, Haddad confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou os decretos de posse dos novos diretores do Banco Central, incluindo Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência da instituição.