A queda de braço de Vilela e Marconi pela bandeira do esporte
Vice e ex-governador tratam dos feitos e problemas da atual e gestão anterior no âmbito esportivo, olhando para a disputa de 2026
A disputa de narrativas é sempre um dos elementos vivos em uma disputa eleitoral. Para 2026, os players políticos que irão movimentar as eleições gerais já começaram as movimentações em prol da valorização do próprio nome. Com o atual governador Ronaldo Caiado (União Brasil) fora da disputa, a corrida pelo Executivo estadual deve ser mais acirrada – e irá intensificar os ânimos aflorados cada vez mais.
Prova disso é que a última pesquisa Genial/Quaest, que colocou o ex-governador e atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, e o atual vice-governador Daniel Vilela (MDB), empatados tecnicamente na disputa pelo governo de Goiás em 2026, já movimentou os bastidores da política goiana.
Para tratar sobre esporte, Vilela sempre foi um porta-voz do governo de Caiado. O vice-governador chefia o grupo de trabalho da reforma do Complexo Serra Dourada. Recentemente, também participou da solenidade que garantiu o retorno do MotoGP ao Autódromo de Goiânia. Porém, foi a gestão esportiva do atual governo que recebeu críticas de Marconi, que adotou um tom ácido em vídeo publicado em suas redes sociais, sobre a situação do Estádio Olímpico.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Marconi adotou um tom crítico à gestão esportiva do atual governo. “Eu fiquei muito preocupado durante alguns anos quando, após o meu segundo governo, o estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira foi derrubado. Muita gente passava ali e achava que era culpa minha. Precisei voltar ao governo no terceiro mandato e coloquei como prioridade máxima, não só a construção de um novo e moderno estádio Olímpico, que homenageia um dos grandes arquitetos de Goiânia, mas também o Centro de Excelência. Reformamos todo o ginásio Rio Vermelho, que foi construído na época do Irapuã”, disse o tucano, relembrando feitos de sua gestão.
Na sequência, Perillo ainda chamou atenção das autoridades goianas. “Infelizmente, segundo informações, o Centro de Excelência está abandonado e o estádio Olímpico é subutilizado. Eu gostaria muito que as autoridades de Goiás considerassem que uma obra daquele tamanho, apesar de ter sido construída por outro governador, possa ser, de fato, utilizada. Principalmente, pelas crianças e pelos jovens, através de escolinhas de iniciação esportiva”.
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Em contato com a reportagem do jornal O HOJE, Vilela rebateu as afirmações do ex-governador. “Apesar de a obra de construção ter custado o dobro do previsto na gestão anterior, de R$ 43,5 milhões para R$ 95 milhões, com suspeita de corrupção e a entrega de uma estrutura cheia de falhas graves, o complexo foi requalificado nos últimos anos pelo governador Ronaldo Caiado”, constatou o vice-governador.
O emedebista ainda citou problemas detectados no estádio. “Vale citar ainda que foi preciso judicializar a questão, pois foram detectadas rachaduras na estrutura do estádio. A pista de atletismo também enfrenta o mesmo tipo de problema. Nos governos passados, o Estádio Olímpico era conhecido não como um espaço esportivo, mas como o maior criatório de dengue de Goiás, devido ao abandono e à falta de cuidado com o espaço”.
“Hoje, esse cenário é completamente diferente”, garante Vilela. O provável candidato da base governista lembrou das reformas no gramado do estádio Olímpico, que deve sediar a abertura do Campeonato Goiano de 2025.
Vilela também tratou de outras estruturas do complexo esportivo. “A pista de atletismo e o Ginásio Rio Vermelho seguem em uso frequente por atletas em treinamentos e competições. Entretanto, parte das estruturas, como a piscina olímpica, nunca chegou a ser utilizada, pois estava completamente abandonada desde a época do governo Marconi. Agora, o governo já iniciou o processo para revitalizá-la”.