Uma adolescente de 14 anos foi atingida por uma bala perdida no braço direito enquanto assistia a queimadas na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela estava acompanhada pelo pai, Ayron Lacerda, de 44 anos, que também foi ferido pelo mesmo projeto na coxa. A jovem foi atendida no Hospital Municipal Souza Aguiar e recebeu alta posteriormente.

Ayron, que estava perto do palco gospel, relatou o momento de pânico: “Estávamos comemorando quando, de repente, a bala veio. Por pouco não aconteceu uma tragédia, pois passou a centímetros da cabeça da minha filha”, contornou, visivelmente abalado.

O pai revelou que o passeio ao réveillon de Copacabana foi uma decisão tomada após insistência da filha, que mora em Curitiba com a mãe. Ayron, natural de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, mas residente na França há oito meses. Havia visitado a praia apenas uma vez, em 2004. “Meu maior recebimento era de um arrastão, mas como ela queria ir, acabei de fazer Nunca imaginei que um tiro pudesse ocorrer”, afirmou.

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Ayron contou que recebeu a ajuda de um bombeiro para socorrer a filha. De acordo com ele, após os momentos de susto, a garota está bem. O pai postou um vídeo numa rede social, compartilhado pelo perfil Notificarei, de quando estava no Souza Aguiar com a filha. Muito nervoso e chorando, ele mostrou a camisa amarela com manchas de sangue.

O caso foi registrado pela Polícia Civil na 4ª DP (Presidente Vargas) e será transferido para a 12ª DP (Copacabana), que seguirá com as investigações. “Diligências estão em andamento para esclarecer os fatos”, informou a corporação.

O que diz a PM

Em nota, a Polícia Militar afirmou que o réveillon em Copacabana contou com 3.300 policiais militares, 17 pontos de revista com reconhecimento facial e 19 pontos de bloqueio em vias de acesso. Para aprimorar a segurança na orla, foram instaladas 78 plataformas de observação distribuídas no canteiro central, calçadão, espelho d’água e no entorno dos três palcos.

Uma aeronave do Grupamento Aeromóvel (GAM) fez sobrevoos nas areias. Cerca de 100 viaturas, incluindo motos e quadriciclos, também foram utilizadas. Já o aparato tecnológico disponibilizado para a festividade contou com dois drones equipados com câmeras de reconhecimento facial, além de dois veículos de apoio com acesso às imagens das câmeras de monitoramento da região e dos drones. Câmeras de reconhecimento facial também foram instaladas em estações do Metrô.