Simone Biles anuncia aposentadoria após vitória olímpica
Simone Biles aposenta salto icônico
Simone Biles anunciou, em suas redes sociais, a aposentadoria do movimento que ficou marcado como o mais difícil da ginástica artística. O salto, conhecido como Biles II, foi a chave para a conquista do ouro olímpico de Biles nas Olimpíadas de Paris. A ginasta fez um tributo simbólico à manobra em uma publicação. “Descanse em paz, Yurchenko Double Pike”, escreveu Biles, em referência ao movimento que, com dois mortais em posição carpada, era considerado praticamente imbatível.
Simone Biles se despede do movimento que lhe garantiu o ouro em Paris
A ginasta americana, que retornou de Paris com quatro medalhas, fez questão de marcar o fim da trajetória do salto com uma imagem onde aparece sobre a mesa do salto, rodeada por flores brancas, como uma analogia à aposentadoria do Biles II. Esse gesto reflete a importância do salto em sua carreira e o simbolismo do seu legado na ginástica.
O Biles II foi um dos principais fatores que garantiram a vitória de Simone no salto em Paris. Com uma nota de partida de 6.4, a mais alta do código de pontuação da Federação Internacional de Ginástica (FIG) para o aparelho feminino, o movimento se tornou uma marca registrada da ginasta. Esse grau de dificuldade, combinado com a habilidade de Biles, permitiu-lhe alcançar a pontuação necessária para garantir o primeiro lugar no pódio olímpico.
Em sua execução, Biles ficou com uma nota de 14.900, apenas 0.200 pontos abaixo de seu desempenho no salto Gheng, utilizado pela brasileira Rebeca Andrade, que ficou com a prata. Rebeca, ao executar o Gheng, obteve uma nota de 15.100. Embora a diferença nas notas tenha sido pequena, a dificuldade do Biles II foi determinante para a vitória de Simone.
Além de ser um movimento icônico, o Biles II se tornou histórico ao ser homologado no código de pontuação da FIG durante o Mundial da Antuérpia em 2023. Simone Biles permanece como a única ginasta a ter executado o salto, o que reforça a sua marca única na modalidade. Com sua aposentadoria, o movimento não será mais parte de sua rotina nas competições, e a ginástica artística perde uma das manobras mais desafiadoras da história do esporte.