Chega a 14 o número de mortes em queda de ponte entre Tocantins e Maranhão
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no final da tarde de 22 de dezembro de 2024
Mais um corpo foi encontrado na manhã deste sábado (4) no Rio Tocantins, nas proximidades dos destroços da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou ligando Aguiarnópolis (TO) a Estreito, no Maranhão. Com essa descoberta, o número de mortes confirmadas sobe para 14, enquanto ainda há três pessoas desaparecidas.
De acordo com o Comando do 4º Distrito Naval da Marinha, que faz parte da força-tarefa de busca e resgate, o corpo foi localizado perto dos destroços e retirado da água às 10h25.
Segundo o chefe do destacamento de mergulhadores da Marinha, capitão de mar e guerra Albino Santos, os destroços no local do desabamento aumentam o desafio no trabalho de busca e resgate das vítimas, exigindo o emprego de profissionais altamente especializados e o uso de diferentes técnicas.
São realizados diariamente mergulhos para identificar e marcar os pontos de interesse, e mergulhos a ar dependente, com mais autonomia e tempo para exploração nas áreas que ultrapassam 40 metros de profundidade.
“O mergulho depende da utilização de equipamentos específicos, como o capacete que substitui a máscara tradicional, permitindo que o mergulhador receba ar da superfície”, explicou Santos.
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A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no final da tarde de 22 de dezembro de 2024. A operação de resgate teve início ainda no mesmo dia, com o apoio de diversas frentes, como Corpo de Bombeiros, empresas privadas, além de embarcações, helicópteros e viaturas.
Até o momento, o tráfego de veículos por balsas na região não foi restabelecido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As empresas responsáveis pela manutenção da BR-226 estão mobilizadas para atender às exigências da Marinha para a construção de acessos e atracadouros necessários para as balsas. Após essa etapa ser concluída e a liberação da outorga pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), as balsas começarão a operar sem custos, garantindo a travessia de veículos de passeio, ambulâncias e caminhonetes.