O assassinato do secretário-adjunto de Segurança de Osasco, Adilson Custódio Moreira, ocorrido na tarde de segunda-feira (6), foi motivado por conflitos internos dentro da Guarda Civil Municipal. 

Henrique Marival de Sousa, o guarda civil que atirou e matou Moreira, demonstrou insatisfação com mudanças anunciadas na composição das equipes de segurança pessoal do prefeito e da primeira-dama, em razão da nova gestão da prefeitura. A informação foi revelada à polícia por outro guarda civil que presenciou os acontecimentos.

A reunião, convocada por Adilson Moreira para comunicar as modificações nas equipes de segurança, ocorreu por volta das 15h. Durante o encontro, ficou decidido que Henrique Marival, que havia trabalhado na segurança da primeira-dama Aline Lins, retornaria às funções regulares da Guarda Civil Municipal.

O guarda, inconformado com a decisão, expressou seu desagrado ao colega de profissão, mas segundo testemunhas, não demonstrou agressividade exagerada no momento. Após a reunião, Adilson anunciou que atenderia alguns membros da Guarda Civil em particular. Henrique foi um dos últimos a ser chamado. 

O depoente, que se retirou da prefeitura antes de Henrique, foi surpreendido ao ouvir sobre o ataque minutos depois, quando disparos de arma de fogo ecoaram pela sede. Henrique foi preso no local e, de acordo com a polícia, os dois ficaram trancados na sala de reunião por cerca de uma hora e meia. Pelo menos 10 tiros foram disparados.

A Polícia Civil apreendeu a pistola Taurus calibre 40 usada no crime, além de munições, dois carregadores e um celular de Henrique. Além disso, um simulacro de arma de fogo foi encontrado na mochila do atirador, em seu carro. Uma outra pistola foi apreendida na residência de Adilson Moreira, como parte das investigações.

Henrique Marival de Sousa ingressou na Guarda Civil de Osasco em 1992, após passar em concurso público. Ao longo de sua carreira, trabalhou em diversas funções, incluindo patrulhamento e coordenação de reestruturação. Adilson Custódio Moreira, por sua vez, atuou como secretário de Segurança de Osasco entre 2018 e 2019, antes de assumir o cargo de secretário-adjunto, papel que exerceu até o momento de sua morte.

O prefeito Gerson Pessoa não estava presente na prefeitura no momento do atentado. O caso segue sob investigação.

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