No início de 2025, três bebês perderam a vida no Hospital Estadual de Luziânia (HEL), localizado a 190 quilômetros de Goiânia. As famílias denunciam negligência médica, destacando falhas graves no atendimento e na comunicação.

Jaqueline Alves Vieira, de 29 anos, relata a perda da filha Helena após complicações no parto. Mesmo em trabalho de parto desde 1º de janeiro, seu pedido de cesárea foi negado. Helena nasceu com o rosto roxo e clavícula quebrada, informações que não foram adequadamente comunicadas à família. A recém-nascida piorou rapidamente e veio a óbito no dia seguinte.

Yara Mafra dos Reis, de 17 anos, também enfrentou a perda da filha. Grávida de oito meses, buscou ajuda médica no HEL após dores intensas, mas foi liberada. Ainda com dores  retornou ao hospital, onde foi constatada a falta de sinais vitais do bebê. Uma cesárea foi realizada, mas a criança já havia falecido. A família aponta atrasos e falta de informações claras como agravantes para a morte do bebê.

Denúncias de outras famílias também sugerem problemas recorrentes, como diagnósticos tardios e demora em procedimentos. Esses casos foram registrados na 1ª Delegacia Distrital de Polícia de Luziânia e estão sendo investigados.

O Hospital Estadual de Luziânia e a Secretaria de Saúde de Goiás declararam que o índice de óbitos neonatais na unidade foi de 0,73% em 2024. As mortes recentes foram atribuídas a complicações, como prematuridade extrema e outras condições. A instituição afirma que realiza análises dos óbitos através de comissões especializadas.

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