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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
cuidados férias

Saiba como escolher o melhor tipo de boia para o seu filho

Cuidado redobrado em ambientes aquáticos pode salvar vidas

Postado em 15 de janeiro de 2025 por Luana Carvalho
Especialistas alertam para a importância de escolher o acessório correto e supervisionar as crianças | Foto: Reprodução

O afogamento é a segunda maior causa de mortes entre crianças no Brasil, o que torna a escolha do equipamento de segurança na água uma prioridade para os pais. Seja na praia, no clube ou na piscina de casa, o uso adequado de boias e coletes infantis é essencial, mesmo para aqueles que já têm noções de natação. A variedade de opções disponíveis no mercado pode gerar dúvidas, mas é possível garantir a proteção dos pequenos com algumas orientações. Um dos pontos mais importantes na escolha do acessório é verificar se ele possui certificação do Inmetro, assegurando que o item atende às normas de segurança.

Para garantir a segurança, é fundamental compreender o desenvolvimento do corpo infantil. Até os seis anos de idade, as partes mais pesadas do corpo das crianças são a cabeça e os membros superiores, o que faz com que elas tendam a se inclinar e cair para a frente. Por isso, é essencial escolher o modelo correto de boia ou colete, levando em consideração a faixa etária da criança, suas habilidades aquáticas e o ambiente em que ela estará.

A boia de sentar ou boia assento fralda é uma opção indicada para bebês, a partir do momento em que a criança já está firme o suficiente para manter a postura sentada. Este modelo é recomendado até a idade em que a boia não machuque as pernas ou até que a criança aprenda a sair da boia sozinha. É importante observar o comportamento da criança, pois, caso ela consiga se soltar, a boia deve ser trocada imediatamente, evitando riscos de acidentes. Apesar de ser uma opção confortável, o cuidado com a supervisão é imprescindível.

A boia de braço é indicada apenas para crianças maiores de 4 anos, que já possuem noções sobre os perigos da água e têm mais controle sobre o uso do equipamento. Ela oferece maior liberdade de movimento para a criança brincar à vontade, além de ser um acessório leve e fácil de usar. No entanto, é importante que os pais verifiquem se a criança não tem a tendência de retirar a boia, pois a segurança está diretamente ligada ao uso correto do produto.

Por outro lado, os coletes são a alternativa mais recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria para crianças de até quatro anos de idade. Eles são mais seguros, pois dificultam a retirada do acessório, já que ficam presos ao corpo da criança. Os coletes podem ser encontrados em diversos materiais, como E.V.A., polietileno e modelos infláveis, sendo recomendados para crianças a partir dos cinco anos. Vale ressaltar que, embora as versões infláveis sejam mais baratas e atrativas, elas são menos seguras, pois podem furar facilmente, aumentando o risco de acidentes.

O espaguete é um equipamento popular, utilizado como apoio para flutuação. Sua principal vantagem é não restringir os movimentos, permitindo que a criança se movimente livremente na água. No entanto, por ter densidade menor, ele pode afundar com facilidade, tornando-se arriscado se a criança fizer movimentos bruscos ou usar o equipamento para brincadeiras, como pular na piscina. Para crianças com medo da água, esse tipo de boia deve ser evitado, pois a criança pode fazer muita força e afundar o acessório.

As boias com buracos para as pernas são uma opção atrativa visualmente, mas não são as mais recomendadas. Elas podem ser usadas por crianças entre um e quatro anos, mas possuem características que aumentam os riscos de acidentes. Muitas dessas boias apresentam uma parte frontal ou traseira maior, o que pode gerar desequilíbrio e tornar a criança mais vulnerável a quedas na água. Embora sejam coloridas e chamativas, essas boias devem ser evitadas pelos pais que buscam garantir a segurança dos filhos.

A supervisão constante: a chave para prevenir acidentes

Independentemente do modelo escolhido, a supervisão de um adulto é imprescindível. Profissionais de saúde e segurança alertam que mesmo as crianças que sabem nadar ou em locais considerados rasos precisam ser monitoradas constantemente. Em apenas dois minutos, uma criança submersa pode perder a consciência, e o tempo de resposta para um resgate é crucial. A morte por afogamento pode ocorrer em apenas cinco minutos, o que torna vital que pais e responsáveis estejam sempre atentos. Além disso, é fundamental que aqueles que cuidam das crianças saibam técnicas básicas de primeiros socorros, como o procedimento de reanimação cardiopulmonar (RCP), para garantir a segurança dos pequenos.

Diversão e segurança com responsabilidade

Com tantas opções de boias e coletes disponíveis no mercado, é possível aliar a diversão à segurança na água. Modelos com formas de baleia, peixinho, unicórnio, e até mesmo aviões e lanchas, são atraentes para as crianças e tornam o momento mais divertido. No entanto, a escolha deve ser feita com cuidado, levando em consideração a faixa etária, o tipo de atividade e a supervisão constante.

Portanto, ao escolher o melhor modelo de boia ou colete para o seu filho, leve em conta a certificação do Inmetro, o tipo de atividade que será realizada, o comportamento da criança e, acima de tudo, a necessidade de estar sempre atento. Segurança nunca deve ser negociada, e a prevenção é o melhor caminho para garantir que a diversão na água seja inesquecível e sem riscos.

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