A modelo Jackeline Moreira, de 28 anos, foi detida na quinta-feira (16) pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ela é suspeita de ser companheira de Kauê Amaral, foragido da justiça e envolvido no assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, conhecido como delator do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Investigações apontaram que a namorada realizava movimentações financeiras em favor de Kauê, o que levou a polícia a determinar sua prisão temporária sob a acusação de tráfico de drogas. A modelo seria responsável por comercializar as substâncias ilícitas de posse de seu namorado, conforme apurado pela investigação.

A delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, acredita que a prisão de Jackeline pode ser um passo importante para localizar Kauê, que, segundo as autoridades, estaria escondido em uma comunidade do Rio de Janeiro antes de fugir do estado.

Na mesma noite de quinta-feira (16), a polícia cumpriu um mandado de prisão expedido pela Justiça de São Paulo, visando um dos indivíduos que teria auxiliado na fuga dos dois atiradores responsáveis pela morte de Gritzbach.

Até o momento, três mandados de prisão foram executados: além da namorada, dois homens que ajudaram Kauê a escapar também foram detidos. Os outros dois mandados ainda não cumpridos envolvem a prisão de Kauê e de um possível mandante do homicídio, conforme apontado pela delegada.

A operação já resultou na prisão de 15 policiais militares e 5 policiais civis. “As detenções realizadas até agora foram um avanço significativo na investigação do caso, mas ainda há muito a ser feito. Todos os responsáveis, tanto pelos assassinatos quanto pelos crimes associados, serão identificados e devidamente punidos. O corporativismo não vai obstruir nossas investigações”, afirmou Ivalda Aleixo.