Na última segunda-feira (20), a atriz Luana Piovani usou suas redes sociais para comentar sobre o processo judicial movido contra ela por Sari Mariana Corte Real, condenada pela morte de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos. 

O menino morreu ao cair do 9º andar de um prédio no Recife, em junho de 2020. No Instagram, Luana criticou o que chamou de “inversão de valores” no caso.

“A condenada pela morte do incapaz Miguel está me processando porque se sentiu com a moral ferida, porque eu disse que ela é branca, privilegiada, enfim… Há uma inversão de valores muito maluca, e a gente não pode deixar isso acontecer”, declarou a Piovani. 

Essa declaração de Piovani aconteceu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir por arquivar o processo que  mãe da vítima movia contra Sari por danos trabalhistas, além do fato de Sari ter sido condenada inicialmente a mais de 12 anos de pena, mas ter recorrido contra a sentença e ter sido decidido por somente 7 anos de pena podendo ser respondida em liberdade.

Piovani fez questão de manifestar apoio à luta de Mirtes Renata, mãe de Miguel, que trabalhava como empregada doméstica na casa de Sari no dia da tragédia. Segundo a atriz, é inadmissível que, passados cinco anos, Mirtes ainda espera uma decisão definitiva da Justiça, enquanto Sari, que aguarda em liberdade, leva uma vida normal.

“Não é possível que essa já condenada, que conseguiu a diminuição de pena de 12 anos para 7, está recorrendo à sua condenação, aguardando em liberdade, cursa medicina no Instagram, já se coloca como doutora, leva uma vida linda, maravilhosa, como se nada tivesse acontecido”, acrescentou.

Sari Corte Real processa Piovani por comentários feitos nas redes sociais, nos quais a atriz chamou atenção para os privilégios da condenada, e pediu uma indenização vinda da atriz de mais de R$ 50 mil. Luana anunciou que acionou sua equipe jurídica, que já prepara sua defesa.

Piovani também convocou sua audiência de mais de 5 milhões de seguidores a se indignar e cobrar respostas da Justiça e de autoridades como a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, o presidente Lula e a primeira-dama Janja da Silva.

Relembre o caso

Miguel Otávio Santana da Silva morreu em junho de 2020 ao cair do 9º andar do edifício Píer Maurício de Nassau, no Centro do Recife. O menino estava sob os cuidados de Sari Corte Real, enquanto a mãe dele, Mirtes, trabalhava no quinto andar do prédio.

De acordo com imagens de câmeras de segurança, Miguel apertou vários botões no elevador, aparentemente procurando pela mãe, antes de cair de uma altura de cerca de 35 metros.

Sari foi condenada por abandono de incapaz com resultado morte, mas recorre da decisão em liberdade. O caso gerou grande repercussão nacional na época porque além de envolver a morte de uma criança, a acusada Sari é ex-primeira-dama da cidade de Tamandaré, localizada ao sul do estado de Pernambuco.

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