Casos de homicídio doloso tem queda de 55% em seis anos
Em 2024, além de ter zerado o roubo a banco, o levantamento aponta uma queda de 87% nos roubos em comércios e 79% de redução dos roubos à residência
A política de “tolerância zero” contra a criminalidade tem apresentado resultados expressivos em Goiás. Nos últimos seis anos, houve uma redução de 97% nos roubos de carga, além da erradicação dos roubos a bancos. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), onde o governador disse que “estamos chegando a um ponto onde nós temos hoje o controle do território do estado”.
Todavia, a quantidade de feminicídios se manteve estagnada em 2023. Segundo o relatório, os números indicam problemas externos à segurança pública. ““A Segurança Pública, infelizmente, muitas vezes já se depara com o fato ocorrido. Quem é que deveria cuidar para que tivéssemos uma ação preventiva para o feminicídio? A Defensoria Pública, aí sim, andando e fazendo esse diagnóstico, também os agentes comunitários de saúde, a área de Assistência Social, o Poder Judiciário, o Ministério Público. Todos eles deveriam estar nessa incidência”, declarou.
“Quais são as consequências maiores que devem sofrer? Quais são os impedimentos maiores caso decidam continuar agredindo a mulher? Eu terei condições de colocar um policial dentro da casa de cada uma dessas mulheres em Goiás? Então não é querendo excluir nossa responsabilidade, mas, se tivéssemos uma maior integração, teríamos um melhor resultado”, completa Caiado.
O levantamento, comparando os anos de 2018 a 2024, demonstra que os índices de criminalidade caíram drasticamente em todo o estado. Além da queda nos roubos de carga e veículos, os dados indicam uma redução de 88% nos roubos a transeuntes (46.270 para 5.645 casos), 87% nos roubos a comércios (3.518 para 452), 79% nos roubos a residências (2.349 para 485) e 55% nos homicídios dolosos (2.118 para 945).
O vice-governador Daniel Vilela ressaltou que, antes de 2019, Goiás vivia uma “completa insegurança” devido à falta de liderança e gestão eficiente. “A resposta daqueles que governavam naquela época era de que havia única e exclusivamente um sentimento de insegurança, mas nunca registravam o que estava acontecendo de fato, que era a falta de apoio e a ineficiência daqueles que determinavam as políticas públicas”, afirmou.
Desde o início da gestão de Caiado, em 2019, foram promovidas a integração das forças policiais, a modernização dos batalhões operacionais e a ampliação do setor de inteligência. O comandante-geral da Polícia Militar, Marcelo Granja, destacou o empenho das equipes na repressão ao crime. “Mês a mês, ano a ano, os números são apresentados com redução e não podemos parar”, enfatizou.
A produtividade das forças de segurança também foi destacada. Em 2024, a Polícia Militar desarticulou 93 quadrilhas, apreendeu 23 toneladas de drogas e 3,5 mil armas de fogo, além de criar ou reativar 13 unidades. A Polícia Penal alcançou o marco de dois anos consecutivos sem a entrada de armas de fogo nos presídios goianos. A Polícia Civil aumentou em 13% o número de inquéritos remetidos à Justiça com autoria definida. O delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga, ressaltou que Goiás atingiu um índice de 91% de resolutividade de homicídios, o maior do Brasil e um dos mais altos do mundo.
Entre 2019 e 2023, o governo estadual investiu cerca de R$ 17,5 bilhões na Segurança Pública, enquanto a União destinou apenas R$ 970 milhões ao estado. O efetivo policial também foi ampliado, com a contratação de mais de 3 mil novos policiais. Além disso, houve um avanço significativo na modernização da infraestrutura, incluindo a aquisição de uma aeronave e a abertura de licitação para a compra de outras três.
Os dados de 2024 mostram que a redução da criminalidade segue em queda em relação ao ano anterior. Os homicídios dolosos diminuíram 12% (de 1.072 para 945 registros), o roubo de carga caiu 68% (de 41 para 13 casos) e os roubos a comércio recuaram 30% (de 647 para 452 casos). O número de estupros apresentou redução de 6%, com 763 casos registrados em 2023 e 716 em 2024.