Uma mulher denunciou um estudante de biomedicina após sofrer queimaduras nas partes íntimas durante um procedimento estético realizado em uma clínica de Goiânia. A paciente procurou o profissional para um tratamento na região, mas, dias depois, começou a sentir dores intensas e identificou lesões graves na pele.

Segundo a denúncia, ao ser questionado sobre as queimaduras, o estudante afirmou que os sintomas eram normais e que o procedimento seguiu os protocolos adequados. No entanto, devido às complicações, a vítima precisou buscar atendimento médico de emergência.

Leia mais: Comurg investiga 60 pagamentos de supersalários que ultrapassam mais de R$ 800 mil

O delegado Jacó Machado, responsável pelo caso, explicou que o procedimento em questão utiliza impulsos eletromagnéticos para aquecer gradualmente a área tratada, diferentemente do laser, que age de forma mais rápida. O estudante alegou estar habilitado para realizar o tratamento e afirmou atuar na clínica há mais de um ano.

A investigação concluiu que o estudante foi indiciado por lesão corporal culposa, ou seja, sem intenção de causar dano à vítima. O caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal.

Fabiano Calixto, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Goiás, alertou sobre os riscos de procedimentos estéticos feitos por profissionais sem a devida qualificação. “Um cirurgião plástico estuda seis anos de medicina e mais seis anos de especialização para atuar com segurança. Esse conhecimento é essencial para evitar complicações como essa”, ressaltou.