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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
prédios tombados

Lula critica falta de planejamento orçamentário em prédios tombados

Precisamos rever e ter responsabilidade ao fazer um tombamento. Caso contrário, vai ter muita coisa tombada no Brasil caindo

Postado em 7 de fevereiro de 2025 por João Reynol
Foto Divulgacao Marcelo Camargo ABr
Lula relembra falta de orçamento carimbado para a reforma dos Três Poderes após atos do 8 de janeiro. | Foto: Marcelo Camargo/ABr

O presidente Luiz Inácio Lula (PT) criticou nesta tarde da última quinta-feira (6) a falta de planejamento orçamentário com patrimônios históricos e culturais, e apontou o desabamento do teto da Igreja São Francisco de Assis como um exemplo. O mandatário avalia que os investimentos na manutenção dos edifícios tombados deveriam ser feitos no ato da inscrição do monumento ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).    

“Precisamos rever isso e ter responsabilidade ao fazer um tombamento, visando sua manutenção. Caso contrário, vai ter muita coisa tombada no Brasil caindo”, disse o presidente durante entrevista concedida a rádios locais da Bahia.

Ainda sobre isso, Lula afirma que acompanha o ocorrido em Salvador e que já instruiu autoridades federais, como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o Iphan a irem à Bahia e tomar providências. “Lamento pela queda da igreja. Toda minha solidariedade às pessoas vítimas desse incidente.”

Segundo ele, todas propostas de tombamentos precisam vir acompanhadas de orçamento para sua manutenção. Ele citou, inclusive, as dificuldades que teve para fazer as obras de recuperação na Praça dos Três Poderes, em Brasília, após sua destruição durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

“É tudo interminável. É tudo complicado. Quando a gente tomba, a gente está fazendo um gesto para humanidade, porque preservar a história e a cultura é maravilhoso. Mas depois a gente constata que não tem dinheiro, e que não foi colocado o dinheiro no orçamento, seja do governo federal, seja do estadual ou da prefeitura”, disse.

Ele lembrou que em diversos estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, e em Brasília, prédios são tombados, “mas quando você tomba um patrimônio público, precisa também colocar dinheiro para manter as coisas”.

“Vejo um monte de prédio tombado na Bahia, em Pernambuco. Mas o cidadão que fez o tombamento e aprovou a lei, seja na Câmara de Vereadores ou de deputados, ele não coloca um orçamento para que isso seja conservado. Tomba e a coisa vai apodrecendo, envelhecendo, caindo”, acrescentou ao cobrar mais responsabilidade daqueles que fazem a proposta de tombamento.

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