As eleições para a presidência do PT ocorrem em julho tanto para direção nacional, como estadual e municipal. Em Goiás, a vereadora por Goiânia Kátia Maria encerra seu segundo mandato e dará lugar a outro petista. Conforme apurado pelo Jornal O HOJE, alguns nomes já começam a circular junto à militância.

São eles: os deputados federais Adriana Accorsi e Rubens Otoni, e também o vereador por Goiânia, Edward Madureira. Este último conversou com o veículo de comunicação. 

“Estão começando as reuniões mais estruturadas e, por enquanto, os nomes correm nas bocas dos militantes. Já falaram comigo, mas tenho que conversar com a minha turma”, admite o ex-reitor de Universidade Federal de Goiás (UFG).

Edward lembra que está focado no mandato de vereador de Goiânia, por isso, precisa fazer “um trabalho que corresponda”. Então, ele precisa conversar com as bases e avaliar, caso seja um nome competitivo, se conseguirá conciliar as funções. “Saber se é o momento de estar em um espaço de decisão.”

Rubens Otoni, por sua vez, disse que estará à disposição do partido para construir a maior unidade possível e “guardarmos as nossas energias para a defesa da reeleição do presidente Lula e aumentar a representação na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados”. E mais: “Já sinalizei para as lideranças que não contem comigo para disputas internas.”

O veículo de comunicação também procurou Adriana Accorsi para comentar sobre a possibilidade. Até o fechamento, não houve retorno. 

Nacional

O favorito para suceder a Gleisi Hoffmann será o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva. O político conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e agrada os petistas goianos. 

“Ele é o nome proposto por Lula e nós confiamos nele”, afirmou a deputada federal Adriana Accorsi, recentemente, ao Jornal O HOJE. “Com a mudança regimental, ele é um nome que surge até naturalmente pelo grande trabalho como prefeito”, complementa.

Adriana afirma que ele dará continuidade “de forma excelente” ao trabalho exercido por Gleisi. Sobre a atual presidente, ela diz que todos têm muita admiração e gratidão por ela. “Muito respeitada e querida. Foi a pessoa certa para o momento de enfrentamento que passamos.”

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A deputada federal Gleisi Hoffmann, vale lembrar, foi a primeira mulher eleita presidente do PT, em 2017. Ela assumiu o partido no pós-impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e esteve à frente do partido durante os momentos de maior sentimento “antipetista”. 

Para o também deputado federal por Goiás pelo PT, Rubens Otoni, ela encerra o mandato cumprindo um “papel estratégico de resistência em um momento histórico delicado e de muito enfrentamento”. 

Eleição

A eleição do PT será em 6 de julho. Gleisi ocuparia a cadeira até lá. Ela, contudo, deve deixar o cargo antes para assumir um ministério em reforma ministerial de Lula (PT). Caso isso ocorra, um nome interino ocuparia a presidência do partido até a eleição. 

Mas sobre Edinho, desde o ano passado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostra preferência por ele. O ex-prefeito, inclusive, foi cotado para a Secretaria de Comunicação Social do governo – à época em que o ministro Paulo Pimenta foi instituído como autoridade federal criada para lidar com a crise hídrica no Rio Grande do Sul.

Edinho é visto entre aliados como perfil mais moderado. Ele seria capaz de criar pontes, inclusive, com a centro-direita para as eleições de 2026.