A proposta de instituir o semipresidencialismo no Brasil, protocolada na Câmara dos Deputados na quinta-feira (6/2), divide ex-mandatários do Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já se manifestaram contra a mudança, enquanto Michel Temer é um dos principais entusiastas do novo regime.

O PT não assinou o requerimento da proposta, e Lula já expressou oposição, especialmente em meio a um mandato com chances de reeleição. Já o PL apoiou a iniciativa com 33 assinaturas, uma minoria em sua bancada de 92 deputados. No passado, Bolsonaro chegou a chamar a ideia de “besteira” e “idiota”.

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O modelo semipresidencialista propõe uma divisão de poderes, com o presidente atuando como “chefe de Estado” e um primeiro-ministro, escolhido pelo Congresso, como “chefe de governo”. O sistema ampliaria o poder do Legislativo em questões orçamentárias e permitiria a troca do primeiro-ministro em caso de crises políticas. Temer, defensor da proposta, sugere que, se aprovada, a mudança só seja implementada em 2030, para não afetar o atual mandatário.