De olho em 2026, Lula já cobra lealdade de partidos do Centrão
Presidente pressiona aliados por apoio na corrida eleitoral
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No final do ano passado, o presidente Lula (PT) reuniu seus 38 ministros e cobrou publicamente reciprocidade dos partidos que, apesar de ocuparem cargos no alto escalão, não demonstram compromisso com uma aliança duradoura.
O recado foi direcionado principalmente às legendas do Centrão, como MDB, Progressistas, União Brasil, Republicanos e PSD, que juntas controlam 11 ministérios e têm bancada decisiva no Congresso. “Eu quero que esses partidos continuem juntos, mas não sabemos se vão querer trabalhar conosco em 2025”, afirmou Lula, destacando a importância do apoio para a governabilidade.
No entanto, partidos como o Progressistas já sinalizam distanciamento, com o senador Ciro Nogueira descartando alianças futuras. No entanto, o PP mantém influência no governo, ocupando o Ministério do Esporte e a presidência da Caixa Econômica Federal. Já o PSD, que comanda pastas como Agricultura e Minas e Energia, resiste a ceder espaço e busca fortalecer sua posição na Esplanada.
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Lula tem feito gestos de aproximação, como apoiar a candidatura de Rodrigo Pacheco ao governo de Minas Gerais, mas enfrenta declarações dúbias de líderes como Gilberto Kassab, que recentemente criticou a popularidade do presidente.
Dessa forma, o governo tem tentado manter a coesão com partidos como o União Brasil que já planejam estratégias para 2026, com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, sendo cotado como pré-candidato à Presidência.