Preços de produtos da cesta básica recebem variação de até 173,47% em Goiânia
30 itens foram avaliados, nos dias 10 e 11 de fevereiro, em nove estabelecimentos comerciais da capital
![Foto de Capa 2025 02 13T232758.198](https://ohoje.com/wp-content/uploads/2025/02/Foto-de-Capa-2025-02-13T232758.198-1024x576.png)
Com o objetivo de capacitar o consumidor para que ele faça compras mais inteligentes, promovendo assim a economia e um melhor gerenciamento financeiro, a Prefeitura de Goiânia divulgou na quarta-feira, 12 de fevereiro, os resultados da pesquisa mostraram uma variação de até 173, 47% nos preços de 30 itens da cesta básica. O levantamento ocorreu nos dias 10 e 11 deste mês e avaliou nove estabelecimentos comerciais da capital.
As cinco principais flutuações nos preços da cesta básica oscilam entre 173,47% e 112,78%. O tomate saladete se destaca com uma variação que vai de R$ 4,75 a R$ 12,99 por quilo. O pão francês apresentou uma mudança de 146,07%, com preços que variaram entre R$ 9,79 e R$ 24,09.
Já a batata inglesa teve uma alteração de 134,56%, podendo ser encontrada por valores entre R$ 2,98 e R$ 6,99. A banana nanica registrou uma diferença de 133,78%, com preços que vão de R$ 2,99 a R$ 6,99, enquanto a banana prata teve uma variação de 112,78%, com valores entre R$ 3,99 e R$ 8,49.
Segundo a pesquisa, se o consumidor optar pelos cinco produtos mais baratos, o gasto será de R$ 24,50. Por outro lado, escolher os itens com preços mais altos levará a uma despesa de R$ 59,55, resultando em uma economia de R$ 35,05 na compra.
A comparação de preços é essencial para que o consumidor tome decisões mais informadas, favorecendo a economia familiar e possibilitando escolhas mais vantajosas na hora de comprar.
De acordo com o economista, Luiz Carlos Ongaratto, a melhor maneira de economizar na hora de ir às compras, é realizar a pesquisa de ofertas. “Tem os livretinhos, tem os grupos de WhatsApp, as listas de transmissões do supermercado. Fazer pesquisa hoje, é muito mais fácil a gente tem a tecnologia do nosso lado […] Segundo, é tentar ir mais de uma vez ao mercado na semana pra você tentar aproveitar os dias que tem promoções de certos produtos. Especialmente aí tem o dia do hortifruti, tem o dia da carne, o dia que alguns outros itens estão em promoção. Uma outra estratégia também é o consumidor não se deter em marcas. A gente sempre reforça isso, vê a marca A, B ou C. Vê se hoje o item X está mais barato, semana que vem ele pode estar mais caro. É você ir de uma maneira criativa resolvendo esse problema financeiro”, destaca.
A aposentada e dona de casa, Dona Vânia, explica que costuma fazer compras sempre no mesmo mercado e vai nos dias específicos das ofertas desejadas, mas que nos últimos meses, tem comprado alguns itens separados, por conta do custo. “Procuro sempre ir nos dias de ofertas, para aproveitar os descontos, como o dia do hortifruti, até no da carne, para isso vou ao supermercado mais de uma vez na semana. Existem alguns produtos que ainda compro em comércios locais, que mesmo com todos os custos, ainda compensam mais do que em atacarejos”, diz.
Os cinco produtos com as menores variações de preço mostram discrepâncias que vão de 2,79% a 23,17%. O açúcar Itajá, por exemplo, pode ser encontrado com valores que variam entre R$ 17,90 e R$ 18,40, resultando em uma flutuação de 2,79%. O açúcar cristal teve uma alteração de 14,11%, com preços que vão de R$ 21,90 a R$ 24,99. O arroz cristal de cinco quilos apresentou uma diferença de 20,79%, com valores que oscilam entre R$ 31,45 e R$ 37,99. Por sua vez, o óleo de soja Liza (900 ml) teve uma variação de 21,24%, com preços entre R$ 29,95 e R$ 36,89.
O consumidor que optar pelos preços mais baixos desses cinco produtos desembolsará R$ 107,79. Em contrapartida, ao escolher os valores mais altos, o total será de R$ 126,26, resultando em uma economia de R$ 18,47.
Adicionalmente, ao comparar os preços de novembro de 2024, notou-se que alguns itens apresentaram uma diminuição de 0,58%, com o total alcançando R$ 663,30, enquanto em fevereiro de 2025 esse montante foi de R$ 659,49.
Em relação em como a inflação influencia e aumenta o preço dos produtos na cesta básica, o especialista cita vários fatores decorrentes de 2024, como o clima que prejudicou a produção do café e do tomate, com o excesso de chuvas as hortaliças foram prejudicadas, além do dólar, influenciando itens que são importados e exportados.
“Nessa composição de questões climáticas, cenário econômico, a sazonalidade também é importante, você vai ver que tem alimentos que estão na época deles, que estão bem mais baratos do que outros, estão fora de época […] Sempre observar aquilo que está mais barato para poder comprar, e ter uma flexibilidade maior na sua dieta”, continua.
Ele acrescenta que o público mais prejudicado com todas essas alterações de preços, são os das classes mais baixas. “E a gente sempre reforça que a inflação e esse cenário todo de desafio climático, desafios econômicos internos e externos, eles são prejudiciais sempre para os mais pobres. Porque as pessoas de mais baixa renda gastam grande parte dos seus salários, da sua renda em alimentação. E a gente não tem tantos ganhos de alimentação comprando ali em volumes maiores”, finaliza.
Foi observado também que nem todos os produtos analisados estavam disponíveis em todos os locais visitados, e que essa pesquisa representa um momento específico, com os preços podendo variar no ato da compra. Além disso, é importante ressaltar que, dentro da mesma rede de lojas, podem existir diferenças nos preços praticados.