Homem de 72 anos beija menina de 11 e é condenado por estupro
Menina denunciou o crime à família no mesmo dia
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A Justiça condena um homem de 72 anos a oito anos de prisão em regime semiaberto por estupro de vulnerável. O crime aconteceu em novembro de 2023, no Guarujá, litoral de São Paulo. A vítima tem 11 anos. O réu recorre da sentença em liberdade.
Condenação de estupro
De acordo com a denúncia, a menina brincava na área comum do condomínio quando o homem se aproximou. Ele elogiou a aparência da criança e ofereceu aulas de reforço escolar. Em seguida, sugeriu que ela subisse até seu apartamento para buscar uma raquete de ping-pong.
Dentro do imóvel, ele pediu para tirar fotos da menina, dizendo que ela se parecia com uma conhecida. Em depoimento, a vítima relatou que o réu a segurou próximo aos seios, abriu as pernas e a colocou sentada ali. Depois, ao tentar sair do local, a criança foi impedida. O homem pediu um beijo na bochecha, mas virou o rosto no último momento e a beijou na boca.
Após o episódio, a vítima contou o ocorrido à família, que acionou a Polícia Militar. Inicialmente, o caso foi registrado como importunação sexual. No entanto, após a intervenção do advogado da vítima, a tipificação foi alterada para estupro de vulnerável. O Ministério Público acatou a mudança.
Réu negou crime, mas mudou versão durante o processo
Em depoimento à polícia, o homem negou o crime e afirmou ter apagado as fotos porque elas “não ficaram boas”. No decorrer do processo, ele mudou a versão e declarou que o beijo teria ocorrido “no canto da boca” de forma acidental.
A juíza Denise Gomes Bezerra Mota, da 1ª Vara Criminal do Foro de Guarujá, destacou na sentença que a versão do réu “não convence”. Ela ressaltou que a vítima prestou depoimento de forma segura e precisa. Além disso, apontou que a exclusão das imagens e os comentários do homem sobre a aparência da criança levantaram suspeitas.
A defesa da vítima informa que a família entrará com uma ação cível para cobrar indenização por danos morais. Segundo o advogado Anderson Real Soares, a menina ficou traumatizada após o crime.
“No começo, ela não foi mais para a escola e evitava sair de casa. Quando um adulto se aproximava, ela se fechava”, afirmou.
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O réu e a vítima continuam morando no mesmo condomínio. No entanto, a Justiça determinou uma medida protetiva que impede o homem de se aproximar a menos de 300 metros da criança.