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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
Saúde

Médicos do Ipasgo anunciam paralisação de 48 horas em Goiás

Caso as demandas não sejam atendidas, novas mobilizações poderão ser organizadas.

Postado em 18 de fevereiro de 2025 por Renata Ferraz
Ipasgo
Foto: Agência Cora Coralina

A partir das 7h da manhã desta terça-feira (18), os médicos credenciados ao Ipasgo iniciaram uma paralisação de 48 horas. A medida, organizada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO), foi aprovada em assembleia geral extraordinária como forma de advertência.

Os profissionais protestam contra a falta de respostas às suas reivindicações, que incluem atrasos e irregularidades nos pagamentos desde agosto de 2023. Durante o período de paralisação, consultas e exames eletivos estarão suspensos em todo o estado, enquanto os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos, conforme estabelece a legislação.

Entre as principais demandas da categoria estão:

  • Data fixa e unificação dos pagamentos.
  • Reajuste do valor da consulta para R$ 130,00.
  • Pagamento direto aos médicos, sem intermediação de hospitais.
  • Revisão dos valores destinados a Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs).
  • Atualização da Tabela da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
  • Identificação nominal dos auditores responsáveis pela liberação de guias.
  • Cobranças de diferenças de honorários por instrumentação cirúrgica e acomodação hospitalar.

O SIMEGO alega que, além dos problemas financeiros, há também um descontentamento geral com as condições de trabalho e o suporte oferecido pelo Ipasgo.

Em nota oficial enviado a reportagem do O HOJE, o Ipasgo Saúde declararou que viu com estranheza e perplexidade a decisão unilateral do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) de realizar uma paralisação nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2025 sob a alegação de que não houve atendimento às demandas da categoria. O plano de saúde, até então, não recebeu um documento oficial da entidade para tratar de pauta reivindicatória.

A paralisação, que se restringe a um grupo de médicos e odontólogos, representa cerca de 10% da rede credenciada do Ipasgo Saúde, a maior de Goiás, composta por quase cinco mil pessoas físicas e jurídicas. Portanto, 90% dos prestadores, como hospitais, clínicas e a rede própria da instituição, mantêm atendimentos regulares às quase 600 mil vidas que estão sob os cuidados do plano de saúde.

O Ipasgo Saúde desconhece qualquer falta de pagamento à rede credenciada. A instituição pode provar que, desde setembro de 2024, repassou aos prestadores quase R$ 1 bilhão. Só nos dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, os profissionais que atendem beneficiários do plano de saúde receberam R$ 18,2 milhões. Caso, de forma excepcional, algum prestador identifique pendências, essas devem ser formalmente comunicadas para que o Ipasgo Saúde possa apurar e adotar, com celeridade, as providências cabíveis.

A suspensão injustificada e unilateral dos atendimentos aos beneficiários fere diretamente as regras contratuais estabelecidas e pode resultar em sanções, incluindo a rescisão do contrato e o descredenciamento do prestador. Por isso, o Ipasgo Saúde está monitorando a situação de perto e tomará todas as medidas necessárias para assegurar o cumprimento das normas, para fazer com que os direitos dos beneficiários sejam respeitados, para garantir plena assistência e que a qualidade no atendimento seja mantida.

O Ipasgo Saúde tem compromisso inegociável com a excelência, a continuidade dos serviços prestados e com diálogos responsáveis, construtivos e legítimos. A transparência, a ética e o respeito aos nossos beneficiários são valores que norteiam nossas ações.

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