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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
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Saúde

Médicos e odontológicos do Ipasgo entram em paralisação temporária

O sindicato justifica essa decisão pela ausência de diálogo, enquanto o plano de saúde afirma não ter recebido lista de demandas

Postado em 18 de fevereiro de 2025 por Letícia Leite
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A ação direciona-se aos servidores credenciados ao Ipasgo Saúde, após o plano não atender a várias demandas apresentadas pela categoria. Foto: Léo Santos

Por meio de um comunicado, o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) informou que parte dos atendimentos eletivos dos médicos e odontólogos credenciados ao Ipasgo Saúde, estarão suspensos por 48 horas. Essa interrupção acontece nesta terça-feira (18) e quarta-feira (19). 

A ação direciona-se aos servidores credenciados ao Ipasgo Saúde, após o plano não atender a várias demandas apresentadas pela categoria, incluindo a retenção de valores descontados nas remunerações dos médicos no começo de fevereiro deste ano. Os médicos alegam, em comunicado, que a falta de resposta às suas solicitações motivou a paralisação. 

A decisão foi aprovada durante uma Assembleia Geral Extraordinária Permanente, realizada no dia 10 de fevereiro, e, segundo o Simego, tem a finalidade de advertência aos gestores responsáveis, cobrando esclarecimentos e providências para corrigir a situação. Neste período, apenas atendimentos de urgência e emergência serão atendidos. 

A entidade declarou que a suspensão temporária dos atendimentos se tornou imprescindível “inércia dos gestores do Ipasgo em atender às demandas da categoria”. Além disso, um grupo de trabalhadores também pede a “continuidade dos profissionais que já estão em exercício”, visando assegurar estabilidade e a continuidade da assistência à população. 

Reação do Ipasgo Saúde

O Ipasgo Saúde, por sua vez, classificou a decisão do sindicato como “unilateral e precipitada”. Por outro lado, o plano de saúde também se manifestou, afirmando em nota que nunca recebeu “qualquer documento oficial” referente a essas demandas. Ainda ressalta que os médicos e dentistas envolvidos atuam como profissionais independentes, sem vínculo empregatício com a instituição, “caso algum prestador identifique pendências, ele deve formalizar a queixa para que possamos apurar e tomar as providências cabíveis”. 

Conforme informações do Ipasgo, esses especialistas estão credenciados ao plano e têm a autonomia de solicitar o descredenciamento a qualquer momento, desde que cumpram as condições contratuais, incluindo a manutenção do atendimento aos beneficiários durante o período de aviso prévio. 

A organização também refutou as alegações de inadimplência, esclarecendo que desde setembro de 2024, foram repassados quase R$ 1 bilhão aos prestadores de serviços e que, nas datas de 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, os profissionais receberam R$ 18,2 milhões.

Por fim, o plano de saúde garante que a paralisação “não impacta toda a rede credenciada do Ipasgo Saúde” e que os atendimentos continuam acontecendo de forma regular.

Abertos ao diálogo

Apesar do impasse, tanto o Simego quanto o Ipasgo se mostram abertos ao diálogo. O sindicato enfatizou que a categoria “segue disposta a dialogar com os gestores do Ipasgo e buscar soluções que atendam aos interesses dos profissionais de saúde e dos beneficiários”. 

Enquanto isso, o instituto reiterou ainda seu compromisso com a qualidade dos serviços prestados e garantiu que não haverá prejuízo na assistência aos seus quase 600 mil beneficiários. E sublinhou que está em negociações com outras entidades que representam a classe médica e garantiu que “seguirá operando com transparência e responsabilidade”.

Essa paralisação gera preocupação entre os beneficiários do Ipasgo, que poderão enfrentar dificuldades para acessar consultas e procedimentos eletivos. Se a desavença entre os médicos e o instituto não for solucionada em breve, a situação pode piorar, resultando em novas ações, como o descredenciamento de profissionais.

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