Moraes levanta sigilo da delação de Cid em nome de acesso a informação
Moraes levanta o sigilo sobre a identidade do delator na manhã desta quarta-feira (19)

Na denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 apoiadores, uma icógnita pairava no ar sobre quem era o delator que ajudou a Polícia Federal (PF) a apurar o processo. Apontado como único integrante a depor para as investigações, o nome do apoidador de Bolsonaro, Mauro Cid, foi o primeiro a ser declarado como possível suspeito da delação premiada por anteiormente forncer informações cruciais a PF sobre a trama interna golpista. Com isso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, levantou o sigilo sobre a identidade do delator na manhã desta quarta-feira (19).
Segundo o relator da ação no STF, a suspenção do sigilo de Mauro Cid foi para garantir o amplo acesso as informações do processo para a defesa dos acusados. “Não há mais necessidade da manutenção desse sigilo, devendo ser garantido aos denunciados e aos seus advogados total e amplo acesso a todos os termos da colaboração premiada”. Apesar disso, a delação em si deve ser publicada ainda neste de 19.
Segundo o regimento da delação premiada, em troca de informações verídicas das investigações, Cid pode ter benefícios como a redução da pena e alteração para o regime interno.