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Meio ambiente

Delegacia apura vazamento de chorume em aterro sanitário de Aparecida de Goiânia

O inquérito da Dema irá apurar se o vazamento foi acidental ou proposital

Eduarda Leãopor Eduarda Leão em 20 de fevereiro de 2025
aterro sanitário
| Foto: divulgação

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema) está investigando um vazamento de chorume ocorrido na última semana em um aterro sanitário privado em Aparecida de Goiânia. O líquido teria atingido um afluente do Ribeirão Santo Antônio, e a Polícia Civil busca determinar se houve crime de poluição ambiental.

O problema foi identificado na quinta-feira (13), quando a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) recebeu uma denúncia e enviou fiscais ao local. A inspeção constatou o vazamento e levou à adoção de medidas emergenciais para interromper o lançamento do chorume. Na sexta-feira (14), o delegado titular da Dema, Luziano Carvalho, esteve no local e determinou uma perícia para analisar a contaminação do solo.

“Ainda não recebi o relatório técnico da Semad, mas requisitei um laudo junto à polícia técnica científica. Nossos policiais também estiveram no local e ainda ouviremos algumas pessoas”, afirmou Carvalho em entrevista ao Jornal O Hoje.

O inquérito da Dema irá apurar se o vazamento foi acidental ou proposital. Caso seja comprovado crime de poluição, os responsáveis poderão ser enquadrados no artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais, que prevê penas de um a quatro anos de reclusão e multa.

O aterro sanitário já esteve envolvido em polêmicas anteriores. Em 2024, uma decisão judicial determinou que a Prefeitura de Aparecida de Goiânia transferisse o lixo da cidade para outro local, após uma ação civil pública do Ministério Público de Goiás (MP-GO). A instituição havia denunciado, em 2018, o depósito irregular de chorume, que teria contaminado o solo e o córrego Santo Antônio.

Segundo Carvalho, o caso reforça a necessidade de maior consciência ambiental e fiscalização rígida sobre o destino dos resíduos sólidos. “A Política Nacional de Resíduos Sólidos tem como princípio a prevenção e como objetivo a proteção ambiental e a saúde, vidas humanas. A consciência ambiental está longe do mínimo ideal. Desistir não pode ser uma opção”, enfatizou. O delegado ressaltou ainda que mais de 200 procedimentos policiais sobre irregularidades na disposição final de resíduos já foram enviados à Justiça.

A empresa Metropolitana Serviços Ambientais, responsável pelo aterro, afirmou em nota que o problema foi resolvido sem impactos ambientais significativos e que equipes atuaram prontamente para conter o vazamento e revisar protocolos de segurança. Paralelamente, a Semad conduz um procedimento administrativo para avaliar possíveis infrações ambientais, conforme previsto no decreto federal 6.514/2008.

Carvalho finalizou sua declaração com um questionamento: “Seria tão bom que o ser humano soubesse conversar com a natureza, respeitar os limites traçados. Será até quando? Só meu irmão tempo nos dirá”

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