Capoeira Angola promove inclusão e preservação cultural com aulas gratuitas em Goiânia
Projeto Buracão da Arte abre 150 vagas para oficinas de movimentação e musicalidade, priorizando acessibilidade e formação cultural na Região Leste da capital
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O Ponto de Cultura Buracão da Arte inicia 2025 com a oferta de aulas gratuitas de Capoeira Angola em Goiânia. Com 150 vagas abertas para oficinas permanentes de movimentação e musicalidade, o projeto visa ampliar o acesso à prática, fortalecendo essa manifestação cultural afro-brasileira. As aulas, que começam no dia 10 de março, serão realizadas na sede do grupo Só Angola, no Setor Recanto das Minas Gerais, e são abertas a todas as idades e níveis de experiência.
Idealizado pela Associação de Capoeira Angola do Estado de Goiás – Grupo Só Angola, o projeto foi contemplado pelo Edital da Rede Estadual de Pontos de Cultura do Governo de Goiás, via Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB 18/2024). Além de difundir a Capoeira Angola, a iniciativa busca promover a inclusão social, destinando 20% das vagas a pessoas com deficiência, com metodologias adaptadas para mobilidade reduzida, deficiência visual e auditiva, além de idosos. O espaço foi projetado para garantir acessibilidade, com rampas, banheiros adaptados e placas em braile.
“A Capoeira Angola é um dos grandes marcos da cultura popular afro-brasileira, e precisa ser difundida e preservada. Nosso objetivo é compartilhar saberes, fortalecer os laços comunitários e manter viva essa expressão de história, arte e resistência, por meio da prática da entrega e da musicalidade que caracterizam a Capoeira”, afirma Mestre Vermelho, um dos responsáveis pelo projeto. As oficinas incluem aulas de musicalidade, que exploram instrumentos tradicionais como berimbau, atabaque e pandeiro, além de práticas corporais que desenvolvem ritmo, coordenação e expressão artística.
As turmas serão divididas em três categorias: 90 vagas para oficinas de musicalidade, 30 para oficinas de movimentação e 30 para aulas voltadas a crianças. As atividades ocorrerão de segunda a sexta-feira, em turnos matutino e noturno. Crianças a partir de seis anos poderão participar, desde que estejam regularmente matriculadas em instituições de ensino. “Mantê-la viva é essencial para preservar a memória e a identidade do nosso povo”, reforça Mestre Vermelho.
O projeto também busca atender comunidades de baixa renda e jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo um espaço de aprendizado e fortalecimento da cidadania. Para ampliar a inclusão, a equipe técnica e os oficineiros participarão de um workshop de comunicação básica em Libras, facilitando a interação com alunos surdos. Segundo os organizadores, a Capoeira Angola não é apenas uma prática esportiva, mas um instrumento de transformação social e valorização das raízes afro-brasileiras.
As inscrições para as oficinas já estão abertas e podem ser realizadas pelo link disponível na bio do Instagram @so.angola.