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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
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2026

Vice de Daniel se torna objeto de desejo dos partidos

Emedebista, se eleito no ano que vem, não poderá concorrer à reeleição em 2030, o que abrirá ‘caminho de ouro’ a quem ocupar o posto

Postado em 24 de fevereiro de 2025 por Francisco Costa
Daniel Vilela foto Will Rosa Alego
Daniel Vilela foto Will Rosa Alego

O vice-governador Daniel Vilela (MDB) é o nome natural à sucessão do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em 2026. Mesmo que ele e pessoas que o orbitam prefiram não falar sobre quem ocupará a vice na chapa do emedebista, a vaga é cobiçada. 

Isto, porque Caiado, assumido pré-candidato à presidência e com lançamento ao cargo previsto para abril, deve renunciar seis meses antes ao cargo de governador. Como Daniel Vilela já assume em definitivo o mandato de chefe do Executivo de Goiás, ele entra na disputa pela reeleição, podendo ficar somente até 2030 em mandato – e não oito anos. 

Hoje, as pesquisas indicam que Vilela ao favorito para 2026. Assumindo em 2027, ele não disputa em 2030. Seu vice, se estiver bem alinhado, poderá concorrer ao Palácio das Esmeraldas já naquele ano. 

Em 2006, Alcides Rodrigues, então no PP, era vice-governador e assumiu o cargo, quando o chefe do Executivo, Marconi Perillo (PSDB), deixou o mandato em março para disputar o Senado. Ele disputou a eleição e foi reeleito naquele ano. 

Rompido com Marconi, em 2010, ele não pode concorrer e apoiou o hoje senador Vanderlan Cardoso (à época no PR, hoje no PSD) ao governo. Perillo venceu o pleito daquele ano e foi ao segundo turno com o ex-prefeito de Goiânia e ex-governador, Iris Rezende (MDB). 

Direito

O professor e especialista em Direito Constitucional, Clodoaldo Moreira explica que, conforme a legislação eleitoral brasileira, especificamente a Lei nº 9.504/97, que estabelece as normas para as eleições, um candidato que assumir o cargo de governador por substituição em decorrência de renúncia, em 2026, não poderá concorrer à reeleição em 2030.

“Isso se deve ao princípio da inelegibilidade disposto no art. 14, § 5º, da Constituição Federal, que determina que o vice-governador que assumir o cargo por sucessão não poderá ser reeleito para o mesmo cargo no período subsequente. Dessa forma, caso o governador Caiado venha a renunciar ao cargo e seu vice, Daniel, assuma a titularidade do Executivo Estadual, ele poderá concorrer apenas a uma eleição para o cargo de governador, não podendo se reeleger em 2030.”

Leia mais: Caiado lança pré-campanha para presidente com o desafio de conquistar a direita

Clodoaldo explica que essa regra visa evitar a perpetuação de um mesmo grupo político no poder. “Fortalecendo a alternância democrática e o revezamento dos grupos políticos no exercício do Poder Executivo”, arremata.

De olho na vice

A vice de Daniel deve ser indicada por algum dos partidos aliados. Contudo, existem movimentações para garantir o cargo. Entre elas, destaca-se do grupo de prefeitos e lideranças políticas da região metropolitana do entorno do Distrito Federal.  Ex-prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB) é um dos nomes ventilados. 

Ele, contudo, afirma ser cedo para falar em nome, mas antecipa ao Jornal O HOJE que a ideia é garantir que o vice na chapa seja do entorno. Pábio cita que a região é a segunda em eleitores no Estado e ajudou a definir a eleição do governador Ronaldo Caiado, em primeiro turno, em 2022. “O que temos passado é que precisamos estar unidos. Com a maturidade para garantir essa união, poderemos brigar por espaço na chapa majoritária”, relatou.

Mossoró não coloca o próprio nome, mas também não recusa a ideia. Ele cita que o entorno possui lideranças que agregariam à chapa, inclusive prefeitos eleitos e em atuação. Ele destaca o gesto de Águas Lindas de Goiás, Dr. Lucas (União Brasil), e também o chefe do Executivo de Luziânia, Diego Sorgatto (União Brasil).

A conversa, contudo, deve ficar mais para frente. O próprio Daniel Vilela não trata do tema, no momento. Fontes ligadas ao vice-governador também afirmam ao veículo de comunicação que, no momento, tudo é especulação. Ou seja, muito cedo.

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