Nas últimas semanas, relatos de celulares pegando fogo ou explodindo têm chamado a atenção. Embora esses incidentes sejam raros, especialistas alertam que certas condições podem aumentar os riscos, como superaquecimento, carregamento inadequado e uso de acessórios falsificados.

De acordo com Edson Martinho, CEO da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), os celulares são projetados para funcionar com segurança, mas diversas variáveis no uso e manuseio podem comprometer esse funcionamento. “As baterias operam por processos eletroquímicos, e quando um incêndio ocorre, ele pode se tornar intenso, como vimos nos casos recentes”, explica.

A principal causa das explosões é a chamada “fuga térmica”, quando a temperatura da bateria sobe rapidamente e libera gases inflamáveis, podendo resultar em combustão. O superaquecimento pode ser provocado pelo uso excessivo, armazenamento em locais quentes e carregamento inadequado. Já o curto-circuito interno pode ocorrer caso a bateria sofra danos físicos, como quedas ou perfurações, comprometendo sua estrutura.

Sinais de alerta

Celulares que apresentam inchaço na bateria, aquecimento anormal ou cheiro de queimado devem ser analisados com atenção. Se o aparelho esquentar demais sem motivo aparente ou se a parte traseira estiver deformada, o ideal é interromper o uso e procurar uma assistência técnica.

Outra recomendação é evitar o uso intenso do celular durante o carregamento, especialmente para atividades que exigem muito do processador, como jogos e vídeos. Dispositivos com carregamento rápido também tendem a esquentar mais, sendo importante garantir que estejam em um ambiente bem ventilado.

Cuidados essenciais para evitar problemas nos celulares

Para reduzir as chances de acidentes, a principal orientação é que os usuários evitem deixar o celular sob o sol, não utilizem o aparelho em temperaturas extremas e sempre realizem o carregamento em locais ventilados.

O uso de carregadores e cabos originais ou certificados também é fundamental. Acessórios falsificados podem fornecer voltagem incorreta e não possuem mecanismos de proteção contra sobrecarga, o que aumenta os riscos de superaquecimento. Além disso, quedas constantes podem danificar a bateria, tornando-a instável.

Casos recentes aumentam a preocupação

Incidentes com celulares explodindo foram registrados recentemente em diferentes regiões do Brasil. Em Anápolis (GO), uma mulher sofreu queimaduras quando o aparelho explodiu no bolso. Em Guarapari (ES), um celular pegou fogo dentro de um ônibus, e no Crato (CE), uma técnica de enfermagem ficou gravemente ferida após seu dispositivo explodir enquanto pilotava uma moto.

Esses casos servem como alerta e a importância de cuidados simples, mas essenciais, para evitar acidentes. A recomendação dos especialistas é seguir as orientações de segurança e ficar atento a qualquer sinal de problema no aparelho.

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