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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025
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Projeto

Projeto de biometria para recém-nascidos busca evitar trocas de bebês

O objetivo é garantir a autenticidade da identificação e reforçar a segurança, prevenindo casos de trocas, furtos e sequestros

Postado em 26 de fevereiro de 2025 por Micael Silva
As impressões digitais dos bebês serão colhidas logo após o nascimento e verificadas novamente no momento da alta hospitalar Foto: Divulgação
As impressões digitais dos bebês serão colhidas logo após o nascimento e verificadas novamente no momento da alta hospitalar Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deu início a um projeto de coleta de biometria de recém-nascidos para evitar trocas de bebês em maternidades do estado. O plano já está em fase de testes no Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, onde as impressões digitais dos bebês serão colhidas logo após o nascimento e verificadas novamente no momento da alta hospitalar. 

O objetivo é garantir a autenticidade da identificação e reforçar a segurança, prevenindo casos de trocas, furtos e sequestros. O projeto-piloto, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), foi apresentado na sexta-feira, 21 de fevereiro, durante o Workshop de Identificação Neonatal Goiás. 

A meta é expandir a biometria para todas as maternidades estaduais até outubro deste ano, modernizando o sistema de identificação infantil e garantindo maior controle sobre os registros de nascimento. Além da biometria, os bebês também sairão da maternidade com o protocolo de solicitação do Registro Geral Nacional, facilitando o acesso a serviços públicos desde os primeiros dias de vida.

Caso dos bebês trocados em Goiás segue sob investigação

A troca de bebês na maternidade do Hospital da Mulher, em Inhumas, interior de Goiás, continua repercutindo. A Polícia Civil solicitou um novo teste de DNA e já ouviu todos os envolvidos para esclarecer o erro ocorrido em 2021.

De acordo com o advogado das mães, Márcio Rocha, ambas as mulheres foram internadas na mesma enfermaria do hospital. Yasmim deu à luz primeiro, seguida por Isamara, com poucos minutos de diferença. No entanto, Yasmim passou mal após o parto e precisou ser sedada, sendo transferida para outro quarto em decorrência dos protocolos da Covid-19.

Quando Yasmim acordou, seu filho já estava com a avó, sem que houvesse qualquer verificação da identidade do bebê. Já Isamara também recebeu seu filho em outro quarto do hospital, sem suspeitar que a troca havia ocorrido. A defesa das mães acredita que o erro aconteceu durante o transporte dos bebês entre a sala de parto e o berçário, momento em que pode ter havido uma falha no controle da identificação.

As famílias entraram com um processo na esfera cível, solicitando indenização por danos morais e materiais, além de um exame de DNA cruzado para confirmar a verdadeira filiação das crianças. Também foi feito um pedido para que os pais e os menores recebessem acompanhamento psicológico, já que a situação gerou um forte impacto emocional para todos os envolvidos.

A Polícia Civil investiga o caso sob segredo de justiça. A delegada responsável afirmou que a troca de bebês é um erro grave e que a unidade hospitalar será responsabilizada, caso seja confirmada alguma falha nos protocolos de identificação. O hospital, por sua vez, informou que está colaborando com as autoridades e fornecendo todos os documentos necessários para esclarecer o ocorrido.

O caso dos bebês trocados em Goiás evidenciou falhas graves no sistema de identificação hospitalar, trazendo à tona a necessidade de soluções tecnológicas para evitar novos erros. Com a implementação da biometria neonatal, o estado dá um passo importante para garantir mais segurança e tranquilidade às famílias, assegurando que cada bebê receba a identificação correta desde o nascimento.

A iniciativa, além de prevenir trocas, furtos e sequestros, representa um avanço na modernização do sistema de saúde e no controle dos registros de nascimento. Se expandido para todo o país, o projeto pode se tornar uma referência nacional na identificação infantil, promovendo um ambiente hospitalar mais seguro e confiável.

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