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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
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IBGE

Desemprego cresce no Brasil

Mesmo com alta de 0,3 p.p., taxa de desocupação segue no menor nível para o período

Postado em 28 de fevereiro de 2025 por Luana Avelar
Foto: Linkedin
Foto: Linkedin

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira (27). O percentual representa 7,2 milhões de brasileiros desocupados e um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Apesar da alta, o índice segue como o menor já registrado para o período, apontando uma possível estabilidade no mercado de trabalho.

Para William Araujo Kratochwill, analista da pesquisa, esse crescimento não indica necessariamente uma mudança na trajetória de queda do desemprego nos últimos anos. “Os aumentos no trimestre ainda não significam uma mudança na trajetória de queda do desemprego do Brasil, e esse aumento pode ter sido causado por diferentes razões, como diminuição de contratos no setor público após mudanças municipais e demissões comuns de início de ano”, explica.

O levantamento do IBGE também apontou que 103 milhões de brasileiros estão ocupados, o que corresponde a uma taxa de 58,2% da população em idade para trabalhar. O número representa uma queda de 0,6% em relação ao trimestre anterior, mas um crescimento de 2,4% na comparação anual, refletindo a inclusão de mais de 2,4 milhões de pessoas no mercado de trabalho desde 2024.

Os dados revelam ainda estabilidade no emprego formal, com 39,3 milhões de trabalhadores com carteira assinada, e um leve recuo na informalidade, que passou de 38,9% no trimestre anterior para 38,3% no início de 2025. Apesar disso, ainda há 39,5 milhões de brasileiros na informalidade, refletindo um dos principais desafios do mercado de trabalho no país.

Mesmo com o aumento do desemprego no início do ano, o cenário geral ainda demonstra avanços em relação ao mesmo período de 2024. A manutenção dos níveis de emprego formal e a leve queda na informalidade indicam um mercado em adaptação, enquanto especialistas monitoram os próximos trimestres para avaliar se a alta da desocupação representa uma tendência ou apenas uma oscilação sazonal.

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