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terça-feira, 4 de março de 2025
ATENÇÃO COM OS GASES

Quente, silencioso e malcheiroso: o que seu ‘pum’ revela sobre sua saúde

Diferentes tipos de “pum” podem indicar desde algo simples até um sinal de alerta para o corpo

Postado em 4 de março de 2025 por Thais Aires
Pum

Quem nunca passou por aquele momento constrangedor quando o “pum” escapou sem querer? Embora o tema seja muitas vezes tratado com humor, a flatulência (ou gases) é um processo natural do corpo humano, e vai muito além de apenas causar risos. Na verdade, o tipo de “pum” que você solta pode dizer muito sobre o que está acontecendo no seu organismo.

Para começar, é importante saber que a flatulência não é um fenômeno raro. Todo mundo passa por isso, mas o que muitos não sabem é que a mudança no cheiro, na intensidade ou na frequência do “pum” pode ser um reflexo direto do que você come, das bactérias no seu intestino ou até de condições mais sérias de saúde.

Nada de segurar o ‘pum’ por vergonha

Reter os gases intestinais pode levar a um acúmulo de pressão no abdômen, causando distensão abdominal e desconforto significativo. Esse acúmulo pode resultar em inchaço, dores e, em casos mais graves, aumentar a pressão nas veias ao redor do ânus, contribuindo para o desenvolvimento de hemorroidas.

Além disso, tentar segurar os “puns” pode levar a uma reabsorção dos gases pela corrente sanguínea, sendo eventualmente exalados pela respiração. Portanto, embora possa ser tentador reprimir a vontade de liberar gases em público, é importante estar ciente dos potenciais efeitos adversos dessa prática para a saúde digestiva.

Pum
Os efeitos colaterais de segurar o peido podem variar desde gases bucais até problemas digestivos mais sérios e dor

Sinais de alerta

Embora a liberação de gases seja uma função corporal normal, alterações no padrão de flatulência podem indicar problemas de saúde. Se você notar um aumento repentino na quantidade, frequência ou odor dos “puns”, ou se estiver acompanhado de sintomas como dor abdominal intensa, é aconselhável consultar um profissional de saúde.

O gastroenterologista Philip Mayhead, consultor do Hospital Benenden, contou ao jornal britânico The Sun que existem diferentes tipos de “pum”, e cada um deles tem algo a dizer. Confira abaixo:

Os malcheirosos: um alerta para sua dieta

Aquele “pum” fedorento, muitas vezes, é mais comum do que parece. E embora seja motivo para piadas, o cheiro forte não é apenas questão de azar; pode ser um sinal de que sua dieta precisa de atenção. Alimentos ricos em enxofre, como couve-flor, brócolis, repolho e couve de Bruxelas, podem contribuir para que os gases exalem um odor mais forte. Além disso, as bactérias intestinais também desempenham um papel importante no cheiro. Elas produzem gases como dióxido de carbono, hidrogênio e metano, que são liberados durante a digestão e podem influenciar diretamente o odor do “pum”.

Inodoros: o ‘pum’ sem cheiro e a entrada de ar

Já o “pum” sem cheiro, aquele que passa despercebido, é o tipo mais comum de todos. Esse não tem motivo para causar desconforto, a não ser que você esteja em um momento muito silencioso. O mais interessante é que ele pode acontecer quando a pessoa engole ar, seja ao comer ou beber. Esse ar entra no corpo e precisa ser expelido, resultando em uma flatulência inodora, composta basicamente por nitrogênio, oxigênio e dióxido de carbono. Embora não cause impacto, a simples presença dele mostra que o corpo está realizando um processo natural de expiração do ar.

A relação com inchaços: um sinal do intestino irritado

Se o “pum” está relacionado a uma sensação de inchaço ou distensão abdominal, o motivo pode ir além da comida. Esse tipo de flatulência pode estar associado a condições como a síndrome do intestino irritável (SII), um distúrbio que afeta o sistema digestivo e provoca sintomas como cólicas, diarreia e constipação. Além disso, intolerâncias alimentares, como a intolerância à lactose, também são grandes vilãs quando o assunto é o aumento da produção de gases. Quando o corpo não consegue digerir corretamente certos alimentos, os gases se acumulam no intestino e acabam sendo liberados de maneira mais frequente.

Pum
A síndrome do intestino irritável (SII), um distúrbio que afeta o sistema digestivo e provoca sintomas como cólicas, diarreia e constipação

Puns quentes: a pimenta e a temperatura

Talvez você já tenha experimentado a sensação de um “pum” mais quente após uma refeição bem apimentada. Não é coincidência. A capsaicina, o componente ativo da pimenta, é responsável por dar aquele ardor, e, quando ingerido, também pode influenciar a temperatura dos gases. Isso ocorre porque a capsaicina estimula o sistema digestivo, acelerando o processo de digestão e, consequentemente, alterando a forma como os gases são expelidos.

A conclusão: “Pum” é normal, mas observe

Apesar de todos esses tipos de “pum” e os fatores que os influenciam, a boa notícia é que a flatulência é, em sua maioria, completamente normal. Desde que não seja excessiva ou acompanhada de outros sintomas preocupantes, não há razão para pânico. Dietas podem alterar o odor, a temperatura e a frequência dos “puns”, mas, no final das contas, é um processo natural do corpo.

Portanto, se for necessário, o melhor é seguir a recomendação de um bom comportamento: pedir licença e procurar um lugar mais reservado, como o banheiro. Afinal, cuidar da saúde digestiva também é questão de educação e respeito para com o corpo.

 

 

 

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