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terça-feira, 4 de março de 2025
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Alinhamento

PL Goiás precisa arrumar a casa por 2026

Partido observa mudanças no cenário político para começar a se manifestar, avalia especialista

Postado em 4 de março de 2025 por Francisco Costa
Wilder Morais foto Reprodução
Wilder Morais foto Reprodução

O PL em Goiás ainda precisa arrumar a casa para 2026. O partido ainda vive um mal-estar devido a desentendimentos entre seus membros desde o ano passado. À época, a legenda emitiu uma nota de repúdio contra o vereador mais bem votado de Goiânia, o Major Vitor Hugo (PL), por ele levar o vice-governador Daniel Vilela (MDB) para se encontrar com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Daniel é pré-candidato ao governo de Goiás. A situação gerou desgastes com o presidente estadual da legenda, o senador Wilder Morais (PL), que também deve disputar o Palácio das Esmeraldas, e o deputado federal Gustavo Gayer (PL), que ficou ao lado do congressista e contra o vereador. 

O deputado federal Daniel Agrobom (PL) conversou brevemente com o Jornal O HOJE sobre a situação. Sem aprofundar muito, ele disse apenas que o partido vive uma situação complicada e de mal-estar, devido a situação de Vitor Hugo, Gayer e Wilder. “Mas logo vai passar. Eles são pessoas ligadas ao Bolsonaro”, prefere reforçar o que o trio tem em comum. 

Ainda segundo ele, o PL será forte em Goiás, em 2026. Ele reforça que Wilder é possivelmente o candidato ao governo. Além disso, diz que a chapa ao Senado já tem bons nomes, como de Gayer, Vitor Hugo e também do ex-deputado Fred Rodrigues, que disputou a eleição à prefeitura de Goiânia, em 2024. Ele, contudo, vai disputar a reeleição. 

Leia mais: PL goiano se reúne com Bolsonaro para discutir alinhamento

Agrobom, inclusive, ressalta que o ex-presidente Jair Bolsonaro é o pré-candidato do partido ao Planalto. “Continua sendo nosso pré-candidato, mas não sabemos se vai prosseguir.”

Bolsonaro está inelegível por decisão da Justiça Eleitoral até 2030. Ele e outros bolsonaristas articulam a mudança na Lei da Ficha Limpa que o beneficiaria na disputa. Além disso, o ex-presidente foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, o que pode levá-lo à cadeia.

Agrobom afirma que a situação é preocupante, mas que o grupo sabia que a aconteceria. “Perseguição muito grande contra ele. Mas o partido continua forte e unido, todos em prol do Bolsonaro”, opina.

Análise

Para o consultor em comunicação política e professor Marcos Marinho, Vitor Hugo tenta protagonismo, enquanto outras figuras estão “mais devagar”. É possível que estejam em “compasso de espera” pela situação de Bolsonaro. “Até para saber para que lado irão.” Além disso, existe uma série de fusões e incorporações que podem mexer no cenário eleitoral. “O cenário, de modo geral, está complexo. O mal-estar também não foi completamente diluído. Mas se o PL não se estruturar internamente, fica complicado disputar cargos maiores.”

Marinho vê, inclusive, a “rusga” entre Gayer e Vitor Hugo como uma questão pessoal do primeiro, uma vez que são duas vagas ao Senado. “E o PL tem mais o que se preocupar que esse desentendimento. Então, é preciso estruturar para o ano que vem, pois o partido não teria força em lançar um cabeça de chapa, no caso Wilder, sozinho, apenas para marcar posição.”

E completa: “Então, nesse compasso de espera, imagino que o partido esteja observando para ver os próximos passos do cenário político para, então, começar a se manifestar e fazer essa revisão interna para ver quem manda em quê, quem faz o quê.”

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