Segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio
Um dos momentos mais marcantes da noite foi a despedida de Neguinho da Beija-Flor

Em mais uma noite de cultura e competição no Rio de Janeiro, a segunda noite dos desfiles do Grupo Especial contou com apresentações memoráveis das escolas de samba Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro, Unidos da Tijuca e Unidos de Vila Isabel.
A Beija-Flor emocionou o público com um enredo dedicado a Laíla (1943-2021), o lendário carnavalesco responsável por diversas das 14 conquistas da escola. Com uma homenagem carregada de simbolismo, a comissão de frente representou Laíla como uma criança abençoada pelos santos, rodeada pela comunidade de Nilópolis.
Um dos momentos mais marcantes foi a despedida de Neguinho da Beija-Flor, que interpretou pela última vez o samba de sua escola em um desfile competitivo, sendo ovacionado pelos espectadores.
Os desfiles de Salgueiro e Unidos da Tijuca veio logo depois, o primeiro trazendo um enredo sobre o corpo fechado por amuletos e rituais de proteção da cultura popular brasileira. Com uma apresentação impecável, a escola conquistou o público e se destacou pelo luxo de suas alegorias e pela energia contagiante dos componentes.
A Unidos da Tijuca apostou em um enredo sobre o orixá Logun-Edé, conhecido como “o santo menino que o velho respeita”. A escola trouxe elementos simbólicos para contar a história da entidade, destacando-se pelo abre-alas repleto de integrantes grávidas, representando a gestação sagrada do orixá. Apesar de pequenos problemas técnicos com alegorias, a apresentação manteve a imponência característica da Tijuca.
Fechando a noite, a Vila Isabel entrou na avenida com o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece!”, trazendo a história do homem que enganou o diabo. Com efeitos especiais e um desfile dinâmico, a escola animou o público, mesmo enfrentando contratempos técnicos.
A segunda noite do Grupo Especial foi marcada pelo alto nível das apresentações e pelo misto de emoção e tradição do Carnaval.
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