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quinta-feira, 6 de março de 2025
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Saúde

Estudo indica que 12,3% das mulheres no Brasil podem ter lipedema

Os principais sinais do lipedema incluem o acúmulo de gordura nas pernas, quadris, glúteos e tornozelos, inchaço nas áreas afetadas, dor ao caminhar

Postado em 5 de março de 2025 por Leticia Marielle
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Estudo indica que 12,3% das mulheres no Brasil podem ter lipedema. | Foto: Reprodução/Istock

O lipedema é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas pernas, quadris e tornozelos, o que pode causar sintomas como dificuldade para caminhar, sensação de peso nas pernas, inchaço, dor ao toque e uma desproporção no corpo. A causa exata do lipedema ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que fatores genéticos, hormonais, metabólicos e inflamatórios possam ter um papel importante no seu desenvolvimento.

Os principais sinais do lipedema incluem o acúmulo de gordura nas pernas, quadris, glúteos e tornozelos, inchaço nas áreas afetadas, dor ao caminhar ou ao toque, dificuldade de locomoção, presença de nódulos palpáveis, dor nas articulações, perda de elasticidade da pele, sensação de pernas pesadas, aparecimento de pequenos vasinhos vermelhos ou roxos sob a pele e a formação de bolsas de gordura, especialmente acima ou abaixo dos joelhos.

Se não tratado corretamente, o lipedema pode evoluir para linfedema, uma condição onde o acúmulo de gordura bloqueia os vasos linfáticos, comprometendo o drenagem do líquido dos tecidos para os vasos sanguíneos. O linfedema aumenta o risco de infecções e pode retardar a cicatrização de feridas. Além disso, é uma condição crônica e progressiva, que pode começar no estágio I e evoluir para o estágio IV se não houver tratamento adequado.

No Brasil, um estudo realizado em 2022 revelou que aproximadamente 12,3% das mulheres podem apresentar lipedema, o que representa cerca de 12,9 milhões de brasileiras. O diagnóstico do lipedema é feito através da avaliação clínica, considerando os sintomas e o exame físico, onde o médico apalpa os nódulos de gordura sob a pele. Exames de imagem, como ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, linfocintilografia, entre outros, podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições com sintomas semelhantes, como linfedema, obesidade ou tumores no tecido adiposo. Além disso, o médico pode recomendar testes para investigar possíveis causas subjacentes, incluindo exames de função hepática, renal, tireoide, perfil lipídico e resistência à insulina.

Embora a causa exata do lipedema ainda seja incerta, acredita-se que fatores genéticos desempenhem um papel importante no seu surgimento, já que a condição frequentemente aparece em várias pessoas dentro de uma mesma família. Além disso, alterações hormonais durante períodos como a puberdade, gravidez ou menopausa podem contribuir para o desenvolvimento do lipedema.

Tratamento

O tratamento do lipedema geralmente é conduzido por clínicos gerais, angiologistas ou cirurgiões vasculares, que podem sugerir diversas abordagens para amenizar os sintomas, incluindo drenagem manual, terapia compressiva para reduzir o inchaço, fisioterapia e, em casos mais avançados, lipoaspiração.

Entre as opções terapêuticas, a prática regular de exercícios físicos é uma recomendação importante, pois ajuda a diminuir a inflamação, melhora a drenagem linfática e reduz a fibrose. Sob orientação médica, atividades como natação, hidroginástica, caminhada, bicicleta, dança, alongamentos, ioga e pilates são algumas das alternativas que podem aliviar sintomas como dor, desconforto e sensação de peso nas pernas, além de melhorar a mobilidade.

A drenagem linfática manual também pode ser indicada para ajudar o corpo a eliminar líquidos e toxinas, melhorando a drenagem do organismo. Essa técnica é eficaz na redução da inflamação, do inchaço e da fibrose, além de aliviar a dor e o desconforto. É essencial que a drenagem linfática seja realizada por um fisioterapeuta ou profissional qualificado.

A terapia compressiva, que utiliza meias de compressão ou roupas específicas como leggings e bermudas, pode ser útil para melhorar a drenagem linfática e diminuir o inchaço nas pernas ou braços. A dieta também desempenha um papel fundamental no tratamento, devendo ser planejada com a orientação de um nutricionista para reduzir a inflamação e ajudar na perda de peso. Dietas como a cetogênica, que auxilia na quebra das células de gordura, ou a low carb, que pode ser recomendada quando a cetogênica não apresenta bons resultados, têm mostrado benefícios no manejo do lipedema.

Em algumas situações, o médico pode prescrever medicamentos agonistas do GLP-1, como semaglutida (Wegovy e Ozempic), liraglutida (Saxenda) ou tirzepatida (Monjauro). Embora não sejam especificamente indicados para o lipedema, esses medicamentos podem ser úteis para pessoas com obesidade ou diabetes tipo 2, auxiliando no controle da diabetes e/ou na perda de peso.

 

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